Sugestões

Às portas do novo ano, também Eu – inspirado num mail antigo, confesso - quero deixar aqui algumas sugestões para que os 365 dias possam decorrer da melhor maneira possível:

- Sempre que alguém te pedir para fazer alguma coisa, pergunta se quer batatas fritas a acompanhar, e oferece de imediato um pacotinho de molho (para tal deverás ir a um fastfood , diariamente, só para roubar esses pacotinhos).


- Desenvolve um estranho medo de agrafadores e esconde-te debaixo da mesa cada vez que te confrontares com um.

- Sempre que alguém te disser alguma coisa, responde com "isso é o que tu pensas" e aproxima-te brusca e perigosamente da pessoa.

- Termina todas as tuas frases com "de acordo com a profecia" enquanto te benzes e olhas para o céu.

- Ajusta o brilho do teu monitor para que o nível dele ilumine toda a área de trabalho. Põe um óculos escuros e insiste com os outros que gostas assim, e que faz bem às artroses.

- Sempre que possível, pula em vez de andar, e toca com os calcanhares, um no outro, a cada sete saltinhos.

- Pergunta às pessoas de que sexo são. Ri histericamente depois delas responderem e vira-lhes as costas.

- Quando estiveres num drive qualquer, especifica que o pedido é para a viagem. Depois, olha para a embalagem, fixamente, e diz que era mesmo aquilo que te estava a apetecer. Agradece encarecidamente, e vai.

- Canta na ópera com os actores (uma letra inventada por ti naquele momento).

- Descobre onde é que o teu chefe faz compras e compra exactamente as mesmas roupas. Usa-as um dia depois do teu chefe as usar (isto é especialmente efectivo se o teu chefe for do sexo oposto ou se for um cão)

- Manda e-mails para o resto da empresa para dizer o que é que estás a fazer. Por exemplo: "Se alguém precisar de mim, estou na casa de banho, 3ª porta à esquerda". Especifica o que vais lá fazer e o tempo que vai durar, especificado ao segundo.

- Dispõe uma rede de mosquitos ao redor da tua secretária. Põe um CD com sons da floresta durante o dia inteiro e, de vez em quando, pulveriza doses exageradas de insecticida.

- Com cinco dias de antecedência, avisa os teus amigos que não podes ir à festa deles porque está atrasado 11 minutos.

- Quando sair dinheiro da caixa automática grita a tua idade. Bem alto!

- Ao sair de um parque animal ou do circo, qualquer que seja, corre na direcção do estacionamento, gritando "Salve-se quem puder eles estão soltos e nós também!".

Muito bom 2006


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claro no Claro (ou os cinco - e mais outro - que mais divertiram Eu)



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escuro no escuro (ou o que não foi postado)

Desilusões

Convidaram-me para voar e deixaram-me lá em cima a cair sozinho
Convidaram-me a brilhar e descobriram o sol
Convidaram-me a olhar para o espelho com as luzes apagadas
Convidaram-me para matar a sede com o vinagre mais morno
Convidaram-me para mergulhar numa poça vazia
Convidaram-me para sair com as portas todas trancadas
Convidaram-me… e eu aceite!


(não consigo evitar)

Há tempos escrevi um post sobre como o choro das crianças me perturba; mas muito pior que uma criança que chora é uma criança que não pode chorar!
Para vocês que não merecem este mundo: o lamento das minhas lágrimas é do tamanho do nojo que sinto daqueles que vos (es)patifaram.
Que se fodam a racionalidade, a justiça, a arte, a ciência e o progresso! Pertenço a uma espécie que profana as suas crianças por prazer e por poder. E não queria.


O fim

This is the end, my only friend
The end


O Quim Barreiros que há em Eu

Estão em discussão em Bruxelas
As novas cotas da pesca
Agora é que são elas
A ver se não é desta…

E neste novo tratado
Em que o acordo não tarda
Espero preocupado
Que não me tirem a sarda!

Atrasadinhos

Não é incrível que neste país não se tenha tempo para fazer as coisas no tempo necessário para as fazer?
Eu sei que estamos numa nação de gente produtiva, que tudo faz para não emperrar a máquina do desenvolvimento em que nos encaixamos, mas, caramba, dêem um tempo!
Digo isto depois de (mais) uma experiência humilhante na caixa de um hipermercado - abro parêntesis - pertencente ao grupo económico do senhor cujo nome começa por “B” e acaba em “elmiro de Azevedo” - fecho parêntesis - o qual que não posso nem devo revelar o nome (uma pista para os mais curiosos: o nome é igual à parte de Portugal que não é a Madeira nem os Açores).
Eu devia ter percebido quando um simples sorriso, na abordagem à “caixeira”, se revelou quase como uma ofensa para a dita – que olhou para mim com um olhar que gritava “despacha-te, estúpido, que há mais gente para aviar”. Bom, mas acreditando que tal reacção se devia ao cansaço (quadra natalícia; horário prolongado; montes de compras a registar, etc., etc.), continuei, com o cumprimento que me ensinaram a dar sempre que inicio a conversa com outra pessoa. Ora, o meu “bom dia” não acabou sem um “vai pagar com cartão?”, o que me deixou logo em sentido; e atrapalhado, porque ainda nem sequer tinha sacado a carteira.

Fi-lo o mais rapidamente que consegui, mas não tão rapidamente como os seres humanos que estavam atrás de mim o fariam; isto porque comecei logo a ouvir “assoprinhos”, que mais pareciam vendavais de repulsa, enquanto Eu contava o vil metal para decidir se sempre pagava com cartão ou não. A inquietação que a minha indecisão gerou fez com que desse o cartão à “menina” (o primeiro que apanhei, já não sobrava tempo para escolhas) para que ela me liberasse de vez de tal afronta – é que já ali estava há mais de 30 segundos!
Paguei, e fugi daquela situação tão embaraçosa. Onde é que já se viu demorar quase um minuto para pagar as compras? Que vergonha!

Agora, se a esta singela história, juntarmos os mesmos “assoprinhos” libertados por aqueles que aguardam atrás de nós enquanto pagamos contas no Multibanco; ou os olhares fixos e fulminantes que transparecem pelo pára-brisas dos automóveis que se nos seguem nas estações de serviço, quando saímos da caixa sem virmos a correr disparatadamente*; temos que: “Não é incrível que neste país não se tenha tempo para fazer as coisas no tempo necessário para as fazer?”
Como tal, e uma vez que já conseguiram perder um bocadinho de tempo até ler isto tudo, sinto-me fortemente impelido a escrever VAMOS LÁ A TER CALMA! QUE VIVER A CORRER SÓ APRESSARÁ A MORTE.

*como é óbvio, estes dois exemplos não passam disso mesmo: dois meros exemplos; dos quais deixei propositadamente de fora, entre outros, o mais que batido – isso mesmo, mais que batido - comportamento na estrada; ou a excessiva repetição desesperada de visitas aos nossos blogues preferidos, como se esse processo fizesse aparecer novos posts e novos comentários


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(u)Macacada

Incentivado pela visita do Macaco Adriano, Eu fui ver o King Kong. Está engraçado, mas há ali coisas que ninguém, nem mesmo o Peter Jackson , me faz acreditar:
1.nenhuma mulher consegue dar gritos durante três horas sem ficar afónica ou, pelo menos, com a voz afectada;
2.não há um conjunto de noite (entenda-se camisa de dormir e respectivo robe) que passe tantas vezes por galhos, ramos, pernadas, e demais partes aguçadas de um arvoredo, sem ficar com um único rasgãozinho;
3.o clorofórmio não deita fumo.

O resto pareceu-me representar a realidade de uma forma bastante verosímil.


Nota: achei piada à ideia de fazer um filme com dinossauros e insectos gigantes - acho que são temas com futuro na indústria cinematográfica -, mas os insectos não se matam com tiros, matam-se com sprays de Dum-Dum; consequentemente, os insectos gigantes matam-se com sprays gigantes de Dum-Dum – pelo menos é assim que Eu vou acabando com os que tenho no sótão.


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As engenheiras

Há uma certeza que me acompanha, praticamente desde que tenho consciência do mundo que me rodeia: A engenharia é uma criação feminina. Não teve um Pai, teve uma Mãe.
Só uma mulher poderia ter inventado tal ciência, está-lhes no código genético como a faculdade de serem carinhosas ou a necessidade de chorar a ver filmes românticos.
Digo isto porque só um ser que “engenha” instintivamente poderia empinar, numa estrutura tão estável, tachos, panelas, pratos, frigideiras, e restantes componentes do trem de cozinha, como as mulheres o fazem.

E é nesta altura de festas familiares que tamanha aptidão se esmera, elevando-se ao requinte de enxovalhar o próprio Eiffel. Dá gosto ver como tão distintas peças se articulam num todo tão arrumadinho, cujo limite é o tecto da cozinha, dependendo da idade da técnica em causa – sim, porque esta é uma capacidade que, sendo intrínseca, vai-se apurando com a idade, atingindo a perfeição um pouco antes da menopausa.
Mas qual Segadães Tavares? Qual pala do Pavilhão de Portugal? Unicamente quem consegue ultrapassar a lógica da gravidade, mantendo elevado um conjunto de formas tão antagónicas apenas com o auxílio de um fino pano da loiça, deveria receber honras de prémio.
Mas há um problema, um pormenorzinho: é que, da mesma maneira que só elas conseguem erguer a obra, só elas a conseguem desmontar sem estardalhaço! Que ninguém se atreva a tentar retirar qualquer coisa da peça – nem que seja uma mísera colher de café – que aquilo desmancha-se tudo num ápice. Muito menos o tentem de noite, ou acordarão toda a vizinhança.


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É Natal...por um dia!

Hoje, enquanto oiço Freddie Mercury cantar - com a sua magnífica, única, alegre (gay, em inglês) e, infelizmente, breve voz – o penúltimo verso “Thank God it´s Christmas / For one day” ; penso: Ele é que a sabia quase toda (“quase”, porque se a soubesse toda ainda agora por cá cantava). É que se o Natal estivesse marcado no calendário em mais do que um quadradinho Eu ensandecia de todo. Mesmo todinho!

Em simultâneo com esta viagem ao mundo da introspecção, esgatanho-me todo a tentar soltar brinquedos das suas ciosas embalagens, estimulado - pelos seus fiéis destinatários - através de um frenesi tão esfusiante quanto desesperado.
Mas o que é que se pretende com tamanha protecção? Manter os brinquedos dentro da embalagem para sempre? Impedir as crianças de desfrutar das perversões (adultas) do consumismo? Ou, mais meléfico ainda, levar os pais a uma irreversível impaciência emouquecida?
Longe vão os tempos em que, duma virtual ampulheta, não caíam mais que dois ou três grãozinhos entre a visão de um brinquedo dentro da caixa e o seu manuseamento directo. Agora não! Agora, para libertar um brinquedo temos que vencer um plástico praticamente indestrutível e, depois, desenvencilhar, um a um, retorcidos baraços que são um chato e perfeito “trabalhinho de chinês”. O que virá a seguir? Vidro à prova de bala? Atilhos electrocutados? O que vale é que é Natal, livra!

(mas é por estas, e por outras tais, que Eu gosto tanto deste dia)



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A prenda de Eu

Como não poderia deixar de ser, a única coisa que Eu posso ofertar daqui são palavras, frases, texto. Só que tratando-se de uma ocasião tão especial, não vos queria destratar com as minha baboseiras, e por isso, para que a coisa se revestisse com alguma (muita) qualidade, pedi emprestadas as palavras de um Mestre - alguém que molda a Língua Portuguesa como poucos, e a canta como ninguém.
As palavras resumem-se no título Bairro do Amor (mas cá para Eu podia-se muito bem chamar “o mundo dos blogues”) e escolhi-as, não só por ser uma das minhas preferidas, mas, sobretudo, por retratar estas “virtualidades” onde nos vamos encontrando.
Quem conhece vai relê-las com um agradado sorriso, quem não conhece… devia conhecer!
Meninos e Meninas - o Sr. Jorge Palma
No bairro do amor a vida é um carrossel
Onde há sempre lugar para mais alguém
O bairro do amor foi feito a lápis de côr
Por gente que sofreu por não ter ninguém

No bairro do amor o tempo morre devagar
Num cachimbo a rodar de mão em mão
No bairro do amor há quem pergunte a sorrir:
Será que ainda cá estamos no fim do Verão?

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem

No bairro do amor a vida corre sempre igual
De café em café, de bar em bar
No bairro do amor o Sol parece maior
E há ondas de ternura em cada olhar

O bairro do amor é uma zona marginal
Onde não há hotéis nem hospitais
No bairro do amor cada um tem que tratar
Das suas nódoas negras sentimentais

Eh, pá, deixa-me abrir contigo
Desabafar contigo
Falar-te da minha solidão
Ah, é bom sorrir um pouco
Descontrair-me um pouco
Eu sei que tu compreendes bem



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Mau chéri

Aproveito esta quadra para apelar aos instintos de sobrevivência de cada um de vós, no sentido de não contribuírem para a proliferação de um produto que em nada dignifica a raça humana, e que ainda vai acabar por a extinguir – o Mon Chéri.
Como é possível classificar tal mixórdia por “bombom”? Aquilo é um “maumau”, ou, melhor, um “péssimopéssimo”. Só alguém muito desiludido com a vida poderia conceber tal vingança. Alguém cuja revolta lhe toldasse o julgamento, ao ponto de achar que o mundo inteiro deveria pagar pela sua angústia. Não merecíamos...
A única coisa válida no meio desta aberração da criatividade é a coerência do artigo – é tudo mau! Desde a embalagem ao tamanho e à forma; passando, obviamente, pelo chocolate, pelo licor e pela cereja (só se safa a cor desta), que não se apresenta no “topo do bolo”, mas no interior do acerbo.
E o que dizer dos anúncios promocionais? Nada, não há nada a dizer. Resta-nos correr para o comando e mudarmos o canal - ao primeiro vislumbre daquele casal-de-série-americana-dos-anos-oitenta envolto num brilho celestial - antes que a totalidade do reclamo nos tolde o cérebro, como o acre do referido “doce” nos inquina as papilas gustativas.
Como é possível alguém oferecer Mon Chéris no Natal? (a não ser ao pior inimigo, aí até se compreende - mas só se for um ódio visceral, daqueles sem perdão) No Natal!!???!! A época em que é suposto todos gostarmos uns dos outros, pelo menos um bocadinho.
Tenho a certeza que se Ele soubesse que isto se poderia passar tinha feito tudo para que o Filho nascesse em Julho - durante o período em que os senhores da Ferrero promovem a hibernação desta manhosa mercadoria, dando tréguas ao mundo - evitando que os festejos de tal sagrada data fossem amargados com oferendas tão agrestes - e como elas se repetem, em número e constância, em todos os cantinhos onde se assinala o nascimento do Messias!

Sejam realmente bonzinhos, não ofereçam Mon Chéris.


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Porque Eu também sou assim

Enlaço-vos num abraço bem quentinho, apertado com a esperança de que tenham um Natal em paz e um Novo Ano repleto de sorrisos - sempre necessários para encherem a nossa vida e a daqueles que nos completam.


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Eu é que já não sou parvo

Ontem - no último sábado antes do Natal e em dia de jogo entusiasmante na Luz, atente-se - resolvi ir até ao C.C. Colombo depois da hora de almoço (se é que se pode definir tal hora nestes dias). E por incrível que possa parecer, não estava lá sozinho!
Deparei com mais cerca de setenta semelhantes. Setenta mil! Claro que, quando consegui sair de tal martírio, trazia o espírito natalício completamente espezinhado e moribundo. Não foi fácil reconciliar-me comigo, depois de passar voluntariamente por tanta ofensa corporal; aliás, se não fosse um simpático agente da PSP, ainda agora lá estava Eu a flagelar-me com o cinto, às portas do Colombo – muito agradecido, sr. Agente Abreu.
Mas foi então, depois de atravessar a 2ª Circular a passo (a ver se algum condutor misericordioso acabava com a minha aparvoada existência), que deparei com – Filha deixa-me escrever à vontade! – aquilo que me traria de volta a alegria de viver: a visão da publicidade da Media Markt. E Eu que pensava que aquela estratégia publicitária não passava de uma tentativa estúpida de atrair clientes, enquanto ofendia vilipendiosamente os que resolviam não o ser. Mas não. Arrisquei, com a perfeita noção que só tinha a ganhar (mais que não fosse, mantinha a parvoíce do costume) e fui lá. Num assomo de consumismo destrambelhado, comprei um rádio e um cd, e saí.

Uma vez cá fora, parei e tentei sentir se havia mudanças em mim. “Resulta mesmo!” gritei disparatadamente. É verdade, não é que tal experiência fez-me sentir um bocadinho mais esperto?! Ou será inteligente?.... Não interessa, agora já não sou parvo.


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Esta é de borla

Há para aí pessoal que me aborda e diz “olá”; ao que Eu respondo “e que tal?”; e eles “eu gostava de ter um blog, mas não tenho tempo nem jeito nem muita imaginação…” (e começam a chorar, os parvos!). Ora, é precisamente para esses desesperados – e para os outros também - que Eu me armo aqui em Padre Victor Milícias e lhes indico o caminho para a luz – é aqui que Eu vou muitas vezes buscar a minha inspiração não só para escrever, como também para viver. Fiquem bem, e escusam de agradecer. Bom fim-de-semana.


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Que bom!

Depois de trinta-e-tal post, tive o privilégio de ser plagiado no Plagiadíssimo. É algo que qualquer blogger ambiciona (tanto como um árbitro português gosta de café com leite). Estou quase tão inchado como a Mariah Carey! Para festejar, amanhã não trabalho. E depois também não, pronto.


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... feita à maneira (a sequela)

Já alguém reparou no novo outdoor da campanha de Mário Soares? Aquilo é que é o exemplo acabado de um péssimo slogan! Para mim, uma pessoa que está sempre presente nos momentos difíceis: ou é um desastrado; ou é um azarado; ou, pior, foi o causador desses momentos. Ou estou errado?
É a prova de que há espionagem na política, só um adversário poderia sugerir tal lema, e só conselheiros drogados poderiam aceitar.


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Ainda sobre o post anterior...

Passados 17 minutos de ter publicado o post anterior - às 3h 21min da manhã, portanto – cerrou-se logo aqui, à minha porta, uma resma de gente, insectos e outros seres invertebrados, com tochas e almas incendiadas, urrando e segurando toscos cartazes com a mensagem «O gajo do Manchester não é o RAP, e nem sequer é parecido!».
Primeiros, isto não são horas de vir incomodar uma pessoa, muito menos Eu.

Segundos, podem tirar o equídeo da pluviosidade, que ninguém me vai demover desta convicção – a não ser que me facultem uma razoável quantia monetária, digamos uns …75 cêntimos. Mas voltando ao umbigo da questão, para mim aquela é uma e a mesma pessoa – o Ricardo Araújo Pereira – e só o seu enorme talento teatral permite alimentar a dúvida dos mais incautos. É que se está mesmo a ver que, para não dar muito nas vistas, o RAP, num esforço hercúleo (quiçá doloroso) faz distorcidas caretas, mantendo tanto quanto possível o seu disfarce. Mas a mim não me engana. E por isso mantenho aqui o meu agradecimento e admiração. Arrumem os tarecos e desamparem a porta, que Eu não mudo o pensamento, nem por Decreto-lei (por 75 cêntimos sim, mas isto já tinha dito).


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Obrigado Ricardo

Tenho de confessar que sou um grande admirador do Ricardo Araújo Pereira. Muito mesmo! É que o rapaz - permito-me tratá-lo desta forma, visto termos o mesmo nº de anos, sendo que Eu nasci dois antes - não só tem um humor inteligente, culto e devastador, como ainda o escreve de forma irrepreensível e inspiradora.
Mas acima de tudo, identifico-me com tal personalidade pela devoção clubista, e pelo modo como é exprimida e sentida. Para quem tenha alguma réstia de dúvida, deixo aqui uma prova irrefutável da sua extrema dedicação ao Glorioso (e não estou a falar das magníficas rábulas com que nos brinda antes, e nos intervalos, dos jogos na Luz, nada disso).
O seu apego à causa do Clube da Águia foi ao ponto de se ter infiltrado no Manchester United, como jogador defensivo, prevendo que, mais cedo ou mais tarde, o proclamado colosso do futebol europeu se poderia intrometer no destino do nosso Clube. Então, num esforço de louvar, ao longo dos últimos anos, todas as semanas lá foi viajando repetidamente para “terras de sua majestade”, assumindo a (falsa) identidade de John O’Shea, para, quando necessário, poder pôr em prática o seu plano, que viria a ser finalmente concretizado na Gloriosa noite de 7 de Dezembro de 2005.
E pronto, naquela noite mais uma vez (quem sabe a última) lá vestiu a camisola do Manchester - com as lágrimas nos olhos, diz-me uma fonte segura- e foi para o campo fazer aquilo que se propôs desde o início de tal farsa: uma exibição que permitisse a vitória do SLBenfica. E assim foi!
Em nome de tudo isto: obrigado Ricardo! Agora já podes parar com a aldrabice e voltar descansar em paz aos fins-de-semana.

(Para que ninguém me acuse de mentir descaradamente, vejam as provas: aqui está o Ricardo na sua verdadeira pele e aqui podemos vê-lo como jogador medíocre)


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Esclarecimento

Já me disseram: “ Eh pá, o teu blogue é muita chato! É só letras, tudo preto, nem uma imagem…”; ao que Eu respondi: “Vamos lá a calar e a agarrar nos baldes que a fossa não se despeja sozinha”. Isto para dizer que Eu não gosto muito de ornatos (bem, dos Violeta gosto), nem em mim nem nos meus pertences, e, na minha opinião, isto do tuning nos blogues é coisa quase tão irritante como o fenómeno que o inspira. É que tenho para a minha pessoa que um blogue deve ser um espaço que vale pelo que diz e não pelo que mostra. Deve estimular a inteligência e não os olhos, pelo que a dispersão visual (boa ou má) só contribuirá para atenuar o seu verdadeiro conteúdo. Claro que não estou a tentar dizer que um blogue que tenha muita cor é necessariamente um mau blogue, longe disso, mas se repararem, os melhores, aqueles que definitivamente vingaram e se materializaram em papel de livro (best sellers, por sinal) eram simples ecrãs com letras. “Foram” Os blogues! (o meu pipi e o gato fedorento). E dentro do género ainda há bons exemplos vigentes e bem pulsantes, como o blogue do Bruno Nogueira ou o do Pedro Ribeiro, entre muitos outros.
É que se pode "enriquecer" ou dedicar um blogue à imagem, sem o equiparar a um carro alegórico carnavalesco ou a uma banca de loiças da Praça de Espanha, como é o (bom) exemplo do Corvo.
Não quero com isto passar a ideia que o meu blogue é melhor que os outros (e muito menos comparar-me aos melhores, descansem os mais inquietos), ou que a minha tese filosófica bloguista é que é a correcta, apenas pretendo justificar a minha austeridade estética e estilística, porque se ninguém vier aqui para ler o que escrevo, de certeza que também não virá para ver publicidade, um bonequinho a saltar, uma flor a desabrochar ou a última fotografia de família.


PS: já agora quero informar que os posts não são descartáveis e muito menos biodegradáveis, por isso quem vai a um blogue deve ler TODOS os posts até então publicados para perceber verdadeiramente onde se está a meter, e poder decidir (após meditação em jejum durante 3 dias) se volta ou não.


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Inocência

Se alguém lê isto, e se esse alguém se considera meu amigo (ou me considera o suficiente para me dar importância), peço encarecidamente que acabe com a minha inquietação e ignorância, para que, a partir de hoje, Eu possa definitivamente habitar este país em paz e de consciência plena. Pergunto Eu:
Quando nos dizem “´Tá a ver como é que as como é que as coisas funcionam, não é?” (questão geralmente acompanhada com uma palmadinha nas costas e um piscar de olho); e “A gente dá a volta à coisa” (dito entre dentes postos à mostra com um sorriso matreiro), O QUE É QUE ISTO QUER DIZER CONCRETAMENTE? O que são “as coisas”? E “a coisa”? E como funcionam? E onde é “a volta”? Tenho a certeza que já todos ouviram isto no mecânico, na bomba de gasolina, nas finanças, no restaurante…enfim em todos os lugares onde existem portugueses a “servirem-nos”. Por isso, se a vossa experiência de vida é mais rica que a minha, se o vosso conhecimento é mais vasto, ajudem-me lá nestas coisas, que Eu agradeço. Obrigado


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Sinais

Hoje acordei. Eram 8h01min e o sol já clareava o dia. Abri a torneira e a água saiu. Vesti-me, saí e estava um frio de Dezembro. Liguei o computador e ele ligou-se. Portanto, não tenho nada a temer, perante evidentes sinais metafísicos não há dúvidas – O BENFICA VAI GANHAR!


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Sinistro, mas agradável

Piquem (com o botão esquerdo do rato) no homenzinho e arrastem-no. Depois larguem e deixem-no ir em queda livre.
Cuidado! Não o magoem muito que alguns americanos precisam dele.


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Direito de antena

(tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tururu / tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tchu tururu)

(voz feminina): O TEMPO DE ANTENA QUE APRESENTAMOS DE SEGUIDA É DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DAS ENTIDADES INTERLOCUTORAS

Associação dos Autores Deste Blog - Eu

(voz bastante máscula):
Camarada leitor,
Aproveitamos esta quadra para te desejar umas Boas Festas, onde quiseres, e lembramos-te que precisamos de ti, e de outros, para continuar. Cada um vale por si e só todos somos muitos. Vem, vem fazer connosco o que sozinho nunca conseguirás. Junta-te a nós! Não desistas que ainda falta muito! (no canto superior direito do monitor aparece agora um ridículo relógio a informar que só faltam 30 segundos para que o tempo de antena se esgote)
Deixamos aqui os votos expressos para que tenhas um Natal atulhado e um Ano de 2006 cheio de tudo o que sempre quiseste; para ti, para os teus, para as tuas, para nós e, já agora, para os outros e para as outras também. (faltam 10 segundos)
Se nos quiseres presentear com um donativo, um dízimo, uma esmola, ou o que te convir chamar, fá-lo sob a forma de comentário (faltam 5 segundos), que isso é vital (4 segundos) para a nossa sobrevivência. (3 segundos)
A (2) luta (1) contin (tudo preto)

(a mesma voz feminina): O TEMPO DE ANTENA QUE ACABÁMOS DE TRANSMITIR FOI DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DAS ENTIDADES INTERLOCUTORAS


PS: para aqueles que notaram que “Eu” não é a sigla que corresponde a “Associação dos Autores deste Blog”, tenho a informar que o mundo não é perfeito e Eu também não. Mesquinhos!


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