Caruncho
Ora, nada melhor que virar, então, o foco da atenção para a dívida da insular Região Autónoma da Madeira. Mais concretamente, para o Presidente do Governo Regional daquela “aperolada” parte do Atlântico.
É que, segundo os cálculos de alguém, a Madeira, contraiu, à revelia do Governo Central, uma dívida que ascende aos 119,6 milhões de euros. Eu não sei quem desencantou este valor, mas isto a mim parecem-me trocos. Segundo os meus cálculos, o Governo Autónomo da Madeira, na pessoa do seu Presidente, deve pelo menos 12,566 triliões de euros a todo o Portugal.
A ver:
Só 77,8 milhões são devidos por cada vez que a fotografia dele apareceu nos jornais ou televisão, de perfil ou de costas;
Depois temos 5,3 biliões de euros pelas vezes que a fotografia dele aparece nos mesmos meios de comunicação social, de cara completa;
Temos ainda 786,3 biliões pela totalidade das vezes que a sua voz foi transmitida;
A grande fatia da dívida – 10,326 triliões de euros – refere-se, como se torna óbvio, à autorização de difundir imagens dos seus hábitos carnavalescos (principalmente quando tais práticas mostram partes da anatomia, que jamais deveriam ser contemplados por alguém que não estivesse sujeito a processos de tortura);
O restante montante é devido pelas vezes que ele evoca o nome de Portugal em vão.
Ah, e a este valor falta ainda o IVA, à taxa legal em vigor, e a contabilização desta entrevista na RTP que, andam para aí a anunciar, acontecerá na quinta-feira à noite.
Claro que a dívida poderia ser perdoada se o senhor em causa se disponibilizasse a vir para o continente durante 102 dias seguidos, com vista a proceder à mastigação, e posterior engolimento, dos dejectos caninos recolhidos nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. E de Setúbal, já agora. Isto em plena luz do dia e trajando unicamente umas collans roxo-vivo. De Lycra. Mas tenho cá uma desconfiança que ele não esteja para isso.
N.R.1: quero ressalvar, bem ressalvado, que o simpático povo madeirense nada tem a ver com esta dívida, que isto já se sabe: dívidas do estado ao estado, ninguém em particular paga, pagamos todos.
N.R.2: ainda pensei aproveitar o título para visar a versão “desportiva” do Dr. Miguel Sousa Tavares, mas depressa constatei que a revolta não era assim tão grande que merecesse dedicar palavras a tal personagem. Talvez para uma próxima...
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