Caixão aberto (mas também pode ser “Baú” para os mais impressionáveis)
Como toda a gente que anda nisto saberá, a vida de um blogger é mais intensa que a vida de um cão. Quero com isto escrever que, se a cada ano da vida humana correspondem, em média, sete à vida do filho da cadela, então, no caso do animal blogueiro essa relação há-de ser para aí de 1/83, pela minha aritmética. Como tal, e visto que Eu já cá ando há mais de um ano, estou tão velho e desgastado como um jornal que passou o dia enrolado na mão de um arrumador furtivo.
Pois é, parece que é o fim. Mas Eu guardo-me com a convicção de ter deixado qualquer coisa nesta esfera. Foram mais de 200 postas, 99,3784% das quais textos saídos unicamente destas mãos. São mais de 100.000 (cem mil) palavras, numa média parvamente arredondada de um texto (original) a cada dois dias. Sinto-me bem, acho que cumpri parte do que me tinha proposto quando decidi inquinar o www.blogger.com (nesta altura em que se devem expiar os remoídos, devo escrever que parto com o único desânimo de não ter tido o talento suficiente para ocupar um lugar num certo programa de uma certa rádio que não é alternativa. Mas também, se acontecesse tinha de ser como Eu queria para a coisa ser perfeita, e, possivelmente, os tipos não estavam para isso. Está escrito, está expiado).
E agora, depois de tantas vezes a meter o Eu na liça, está na altura de trazer para aqui o Tu. Cá vai (esperando que cada Tu se consiga interpretar a si próprio):
Tu que me iniciaste nesta coisa;
Tu que demonstraste que dum blogue se podem lascar verdadeiros pedaços de vida;
Tu cujo privilégio dos teus plágios me fez continuar a tentar merecê-los;
Tu, Tu, Tu, Tu, e Tu que acedeste aos meus caprichos;
Tu que me foste aguentando quando mais ninguém o fazia;
Tu que me pensas como um anjo quando não passo de um monstro ocasional;
Tu que arriscaste em conhecer-me melhor;
Tu que com o teu insaciável humor adiaste este momento (e Tu também, apesar de nunca te ter dito);
Tus que me foram acompanhando quase desde o início (não foi fácil, Eu sei);
Tu, Tu e Tu que chegastéis (e esta?) mais tarde mas a tempo de iluminar esta escuridão como poucas vezes esteve antes;
Tus que foram lendo e comentando (assim é que se deve fazer!);
Tus que me foram lendo mas nunca comentaram (deviam tê-lo feito, mais que não fosse porque “o Sorriso sou Eu, és Tu; o Riso somos os dois”);
(e finalmente) Eu próprio, que sorri, ri e chorei mais vezes do que seria suposto sem esta aventura;
A todos (para além de um melodioso “Bom Natal”) um abraço moldado no mais inesquecível agradecimento. Foi muito bom perceber que há gente que se consegue divertir com aquilo com que Eu me divirto a escrever.
Gostava ainda de pedir, se for possível, aos que resolverem “enterrar-me” já (salvo seja!) que não me deitem terra para cima, nem flores. Gostava mais que mostrassem um sorriso de cada vez que forem à memória e me levantarem as “ossadas”. Aos restantes, os que me quiserem manter, mostrem o mesmo sorriso quando evocarem Eu (em vão ou não). Já pedido, satisfaçam se quiserem.
Eu vejo-vos por aí.
(esperem lá! não fechem ainda a tampa que isto, com o poder milagrento que paira na esfera, nunca se sabe...;)
Pois é, parece que é o fim. Mas Eu guardo-me com a convicção de ter deixado qualquer coisa nesta esfera. Foram mais de 200 postas, 99,3784% das quais textos saídos unicamente destas mãos. São mais de 100.000 (cem mil) palavras, numa média parvamente arredondada de um texto (original) a cada dois dias. Sinto-me bem, acho que cumpri parte do que me tinha proposto quando decidi inquinar o www.blogger.com (nesta altura em que se devem expiar os remoídos, devo escrever que parto com o único desânimo de não ter tido o talento suficiente para ocupar um lugar num certo programa de uma certa rádio que não é alternativa. Mas também, se acontecesse tinha de ser como Eu queria para a coisa ser perfeita, e, possivelmente, os tipos não estavam para isso. Está escrito, está expiado).
E agora, depois de tantas vezes a meter o Eu na liça, está na altura de trazer para aqui o Tu. Cá vai (esperando que cada Tu se consiga interpretar a si próprio):
Tu que me iniciaste nesta coisa;
Tu que demonstraste que dum blogue se podem lascar verdadeiros pedaços de vida;
Tu cujo privilégio dos teus plágios me fez continuar a tentar merecê-los;
Tu, Tu, Tu, Tu, e Tu que acedeste aos meus caprichos;
Tu que me foste aguentando quando mais ninguém o fazia;
Tu que me pensas como um anjo quando não passo de um monstro ocasional;
Tu que arriscaste em conhecer-me melhor;
Tu que com o teu insaciável humor adiaste este momento (e Tu também, apesar de nunca te ter dito);
Tus que me foram acompanhando quase desde o início (não foi fácil, Eu sei);
Tu, Tu e Tu que chegastéis (e esta?) mais tarde mas a tempo de iluminar esta escuridão como poucas vezes esteve antes;
Tus que foram lendo e comentando (assim é que se deve fazer!);
Tus que me foram lendo mas nunca comentaram (deviam tê-lo feito, mais que não fosse porque “o Sorriso sou Eu, és Tu; o Riso somos os dois”);
(e finalmente) Eu próprio, que sorri, ri e chorei mais vezes do que seria suposto sem esta aventura;
A todos (para além de um melodioso “Bom Natal”) um abraço moldado no mais inesquecível agradecimento. Foi muito bom perceber que há gente que se consegue divertir com aquilo com que Eu me divirto a escrever.
Gostava ainda de pedir, se for possível, aos que resolverem “enterrar-me” já (salvo seja!) que não me deitem terra para cima, nem flores. Gostava mais que mostrassem um sorriso de cada vez que forem à memória e me levantarem as “ossadas”. Aos restantes, os que me quiserem manter, mostrem o mesmo sorriso quando evocarem Eu (em vão ou não). Já pedido, satisfaçam se quiserem.
Eu vejo-vos por aí.
(esperem lá! não fechem ainda a tampa que isto, com o poder milagrento que paira na esfera, nunca se sabe...;)
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