Meia dúzia de ditos
Normalmente, encerram uma conversa e não admitem, sequer, contra-argumentos; confirmam-se com um silêncio e engolem-se com um sorriso.
Quem tem a sorte de privar com “gente do campo” – GENTE – sabe ao que me refiro, sabe o valor que têm estes sopros de vida e o modo como nos aquecem mais que o fogo que tantas vezes os inspiram. Quem nunca teve essa dádiva…olhem, comecem a fazer turismo rural ou procurem blogues com as palavras “campo”, “província” e “gente”.
Não são provérbios (pelo menos nunca os ouvi pela boca de outras pessoas) e muito menos teses filosóficas. São apenas frases espontâneas, ou herdadas da mesma forma que me foram transmitidas – quase em segredo, ajudado por um-agarrar-de-braço, que assegura o marcar da sua importância, quer para quem as profere quer para quem as adquire.
É da mesma forma que as vou transmitir. Então, bracinho para cá e ouvidinho bem disponível:
(ATENÇÃO! Estamos a falar de frases muitas vezes cozidas com vernáculos que garantem a sua lusitanidade, ou seja, palavrões; como tal, se são atreitos a choques linguísticos tapem as vistas)
Quem não aproveita água e lenha, não aproveita nada do que tenha
Só não rouba e não fode quem não pode
(falando do trabalho na terra) Quem se agarra ao chão não cai
(falando de bebés) Custam muito menos a entrar que a sair
(falando da falsidade) Lágrimas de putas caem no chão e ficam enxutas
A mulher é como um saco de farinha: quando lhe batem sai a farinha toda e só fica o farelo
8 pessoas resolveram respeitar o aviso ali ao lado da seguinte forma