Meia dúzia de ditos

Aqui vou deixar alguns ditos que ao longo da minha existência Eu fui retendo, como ensinamentos e provas de convívio com pessoas que sabiam, e sabem, o que a vida vale e merece.
Normalmente, encerram uma conversa e não admitem, sequer, contra-argumentos; confirmam-se com um silêncio e engolem-se com um sorriso.
Quem tem a sorte de privar com “gente do campo” – GENTE – sabe ao que me refiro, sabe o valor que têm estes sopros de vida e o modo como nos aquecem mais que o fogo que tantas vezes os inspiram. Quem nunca teve essa dádiva…olhem, comecem a fazer turismo rural ou procurem blogues com as palavras “campo”, “província” e “gente”.
Não são provérbios (pelo menos nunca os ouvi pela boca de outras pessoas) e muito menos teses filosóficas. São apenas frases espontâneas, ou herdadas da mesma forma que me foram transmitidas – quase em segredo, ajudado por um-agarrar-de-braço, que assegura o marcar da sua importância, quer para quem as profere quer para quem as adquire.
É da mesma forma que as vou transmitir. Então, bracinho para cá e ouvidinho bem disponível:
(ATENÇÃO! Estamos a falar de frases muitas vezes cozidas com vernáculos que garantem a sua lusitanidade, ou seja, palavrões; como tal, se são atreitos a choques linguísticos tapem as vistas)

Quem não aproveita água e lenha, não aproveita nada do que tenha

Só não rouba e não fode quem não pode

(falando do trabalho na terra) Quem se agarra ao chão não cai

(falando de bebés) Custam muito menos a entrar que a sair

(falando da falsidade) Lágrimas de putas caem no chão e ficam enxutas

A mulher é como um saco de farinha: quando lhe batem sai a farinha toda e só fica o farelo
.
Tenho mais, mas a partir da meia dúzia é a pagar…


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Estranhamente anormal e anormalmente estranho

É como Eu classifico este fim-de-semana.
Tudo começou na sexta-feira à noite (o que até nem é nada de extraordinário, já que todos os fins de semana se iniciam assim) quando reparei que os números das bolinhas sorteadas no Euromilhões não coincidiam com os algarismos que Eu tinha escolhido “Então, caraças?!! Isto não me saiu. Segunda-feira lá tenho de trabalhar outra vez…”, pensei “Mau, este fim-de-semana não está a começar como devia”. Mas, apesar deste sinal tão evidente, não me preocupei por aí além e até dormi relativamente descansado.
No sábado, algo de ainda mais estranho estava para se passar: o Benfica perdeu e o Sporting ganhou, sendo que isto ainda é mais estapafúrdio se atentarmos ao facto que ambas as coisas se passaram no mesmo jogo. Na Luz! (já agora, parabéns a todos os sportinguistas pela vitória, e a todos os benfiquistas por o serem). “Eh lá, não ganhei o Euromilhões e agora o Benfica perde…com o Sporting!?”, lembro-me de me ter questionado depois de despertar do desmaio. “Calma, calma; também deste 70 cêntimos ao arrumador e não ficaste mais pobre por causa disso. Tudo se há-de compor, e basta olhares para a classificação para veres que está tudo na mesma” dizia Eu na tentativa de renegar algo que estava mesmo a acontecer: o fim-de-semana estava adulterado. Parecia que Eu tinha entrado na quinta dimensão, e não o queria admitir.
Cheguei a casa e, antes de adormecer, tentei convencer-me “Dorme lá, vá, que os episódios do Twilight Zone são muito curtinhos. Vais ver que amanhã volta tudo ao normal…”.
Domingo de manhã: “Livra, que estes dois dias foram mesmo esquisitos! Para o que Eu havia de estar guardado. Ainda bem que já é domingo e tudo passou. Também, com o frio que está só faltava começar a nevar para isto ultrapassar os limites do surreal”. Esbofeteei-me mais fortemente enquanto espalhava o aftershave - quer dizer loção facial hidratante - e continuei “Estás um autêntico Dali, Salvador, até já crias imagens surreais. O que se passou foi irreal, não lhe atribuas um “su”, são coisas que podem acontecer. Raras vezes, é verdade, mas também acontecem”.
E não é que… foi surreal! (estou a deixar crescer um bigodezinho ridículo, e tudo – é só o que me falta, já que o olhar alucinado ficou-me dos dias anteriores).
Não estão a ver bem a coisa. Aqui as temperaturas no verão chegam a ultrapassar os 40 (quarenta!!) graus. E nevou! À brava!!! Até deu para, num laivo de originalidade que não lembrava ao referido pintor, tentar fazer um bonequinho de neve e amandar formas esféricas – bolas - aos miúdos.
E foi assim, a minha experiência de um fim-de-semana lá pela dimensão a seguir à quarta.
Hoje (segunda-feira) as únicas marcas que restam desta aventura desconcertante é o facto de ter de trabalhar – tudo começou errado na sexta-feira, lembram-se? – e a permanência de uma mancha alva que “bateu levemente” no telhado da casinha de jardim dos mEus filhos, e ali teima em ficar como a única recordação que vale a pena guardar desta "passagem anacrónica".


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Bem me fica

Para todos aqueles que ao longo destes anos me têm confrontado directamente, e para todos os outros que o pensam - mas têm o bom senso de não me incomodar com questões óbvias - aqui fica a resposta para a pergunta “Porque é que és do Benfica?”
Eu não sou DO Benfica; Eu SOU o Benfica! Eu TENHO o Benfica!
Faço parte daqueles privilegiados que nasceram com uma paixão intrínseca por algo que, antes de se saber concretamente o que é, já se vive, já se sente, já se admira, já nos imaginamos a ser. É assim como um gene (mas não o Hackman ou o Kelly, um gene mesmo, daqueles com Ácido Desoxirribonucléico, o chamado ADN ou DNA em inglês). Onde é que Eu ia? Ah, já sei…
Para mim aquilo que se denomina de “benfiquismo” – preparem-se! - é um tipo de sub-derme localizada entre a pele e a carne: não se pode arrancar, não se lava, não se suja, mas sinto que está sempre lá, todos os dias e a todas as horas. Refresca-me, ferve, dá comichão, dói-me, faz cócegas, torna a doer, mas é minha e sempre será.
Sou. Muito. Mas não o ostento.
Envaidece-me, é verdade, mas não o exibo em vão. Também se fosse lindo ou extremamente inteligente não me gabaria, por recato e humildade, e para não diminuir os que não o eram. Da mesma forma não vanglorio o meu “benfiquismo”. Não fica bem, e pode causar invejas, rancores e angústias alguém ser e sentir assim.
Por isso não uso bandeiras, símbolos*, camisolas ou barretes (bem, esses às vezes enfio, se bem que só se notam na cara e no silêncio). Contudo, devo acender uma auréola qualquer quando vou aos jogos, porque juro que vejo alguns olhares a desdenharem a minha pessoa quando me dirijo para lá. É isso, ou estão a gozar com o sorriso disparatado que se cola na minha cara, assim que entro no Metro.
Normalmente nem partilho este estado de alma; estado não, estádio - é mais um estádio de alma, que se vai atingindo e cimentando à medida que se frequenta o construído e se desfruta do sentido. É verdade, vou “sozinho” aos jogos – se é que se pode estar sozinho no meio daqueles que já nos chamam lá de dentro, mesmo antes de vermos o ninho – e, na maioria das vezes, também assisto sozinho aos outros em que não posso estar. Não é por antipatia, egoísmo ou por superioridade. É, tão simplesmente, por benfiquismo. Puro. Por concentração e abstracção (bem, se calhar é mesmo por egoísmo, mas é feio assumir tal sentimento, por isso fica entre parêntesis).
E pronto, como qualquer camada cutânea, o meu benfiquismo lá vai espessando e enrijecendo com a idade, tornando-se cada vez mais resistente, protegido e protector, independentemente de resultados, adversários, provocações, distâncias e, até, de jornalistas.

Assim, sucintamente, é por isto. Respondido?

*agora ando com o emblema no visor do telefone e os toques são hinos mas, lá está, hoje em dia o telemóvel já faz parte de nós

Bom fim-de-semana, volto segunda se tudo correr bem



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Actualidades (de ontem, hoje já não o são e amanhã muito menos)

O PE (parlamento europeu) criou uma comissão temporária sobre os alegados voos e prisões secretas da CIA na Europa, e o eurodeputado Carlos Coelho foi o eleito para presidir a essa comissão.
Realmente é a prova que ainda resta algum discernimento na mente daqueles que vão dando conteúdo corporal ao PE. Foram pela escolha lógica, sim senhor. Ou seja, quem melhor que alguém que exibe no topo da cabeça uma “pista de aterragem” para liderar um processo de inquérito sobre um caso que envolve aviões? E, ainda por cima é um experimentado deputado português, o que garante, desde logo, um vasto curriculum na específica arte da “perda de tempo e gasto de verbas em inquéritos parlamentares e afins”.
Daqui seguem as minhas congratulações pela escolha. Nem o colégio dos prémios suecos costuma demonstrar tal ponderação, digo Eu.

E, ainda dentro do separador “actualidades”, a propósito desta notícia
lanço um novo trava-línguas, vocacionado especialmente para o desentorpecimento da parte superior da extremidade externa desse importante e útil músculo oral:
«Rugem: Russos e ucranianos enriquecem urânio iraniano»


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pouca graça

Serei Eu um conformado, um acomodado, um seguidor? Não! Também me sinto, como todos os filhos da boa gente (e às vezes, nesta luta, “melhor seria ser filho da outra”, como nos diz Chico Buarque); também me custa ver certas - muitas - coisas, como a todos os que têm olhos na cara e os usam para ver para além do olhar. Mas não é por isso que me vou pôr aqui a "atirá-la" para a ventoinha. Não é o propósito deste espaço. Não é o que Eu espero ler quando o acciono.
Se calhar até era mais fácil; tinha mais opções temáticas; muito mais inspiração imediata; a maioria das vezes bastaria transcrever algumas notícias e rematá-las com uma frase ainda mais ridícula. Estava feito, tinha o post preenchido.
E depois? Depois, para além de ficarem os bois, não ficava mais nada.
Primeiro, e desde logo, porque não tenho jeito para tecer opinião sobre certas realidades sem ser extremamente desagradável (e a única coisa desagradável que Eu tolero aqui é a minha escrita).
Segundo, porque há por aí gente que o faz muito mais incisiva e inteligentemente, do que alguma vez Eu sequer ambicionaria fazer.
E, terceiro - mas não último, pelo contrário – porque, apesar de entender que este País (pois é, é sobre ele que estou a escrever) tem quase tudo para ser melhorado - QUASE tudo -, também me parece que não é com pílulas de cianeto que se cura uma doença, por muito grave que ela possa ser - sobretudo se não for incurável.
Gosto de ser português. Gosto! Independentemente de governos, oposições, presidentes, reis, apresentadoras do telejornal, dirigentes de clubes, telenovelas, etc. etc.
Tenho orgulho na História, na Geografia, na Cultura, e até em alguns disparates.
Também tenho pena, pois tenho. Mas sobre isso não vou escrever. Não me faz sorrir. E o que Eu quero, aqui, é receber o mEu sorriso inocente e desprendido, e já agora o vosso, se possível.

É que, mais que muitos leitores, interessa-me imaginar alguns sorrisos. O mEu e os vossos.

Cá está, um texto fútil, sobre as futilidades do mEu fútil pensamento, como fúteis são e serão todos os outros mEus textos. Não esperem mais.

Apeteceu-me.


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Quarta (raio me parta) - convidado: Alyia

(nota prévia)
Bom, com o intuito de efectuar a portuguesíssima “fuga para a frente” (algo que se faz quando já não há nada a fazer para melhorar qualquer coisa que se começou), Eu resolvi tentar dar alguma dignidade ao endereço virtual onde agora se detém por 7 segundos.
Ora, como é óbvio, este empreendimento nunca poderia ter a minha participação, sob pena de denegrir, ainda mais, a imagem deste blog, e, quiçá, de todos os outros. Assim, cobri-me com um manto de desvergonha e admiração (ah poeta!) e resolvi convidar alguns dos bloggers que mais me vão divertindo - quando tenho tempo para me espalhar por este universo a fora - para, do alto do seu inquestionável e invejável talento, escreverem “qualquer coisinha” (sic) que Eu aqui publicaria. As condições foram (sim, porque Eu também ponho condições) que seria algo sem imagens a ser publicado como me chegasse, sem qualquer tipo de censura ou reparo. Ah, também não haveria recompensa de nenhum tipo ou forma.
E para surpresa do País, estes não se fizeram rogados! Uns porque disseram logo que sim, e outros porque não conseguiram dizer não, lá foram todos acedendo ao desafio, demonstrando não só uma elevada capacidade de sofrimento, como também um lado solidário que é de enaltecer. Isto ainda ganha mais relevância porquanto Eu só “conheço” esta gente, e vice-versa, através da leitura das suas palavras e das cores dos seus templates, o que torna a experiência tão surpreendente quanto recompensadora.
É o resultado da minha desfaçatez, e da boa vontade dessas individualidades, que vai aparecer por aqui nas próximas quartas-feiras, numa rubrica a que Eu chamo de “Quarta (raio me parta)”, em honra de uma brincadeira da escola preparatória (actual ciclo-tal-do-ensino-qualquer-coisa), que Eu gostava muito de praticar – a primeira ideia para o título foi “Por outro lado”, mas parece que já há um programa de convidados com este nome na RTP, feito por uma miúda Ana Sousa Dias, ou lá o que é.

Para minha grande honra, e alívio, a primeira convidada é a Sra. D. Alyia, e gostaria que a recebessem com uma grande salva de palmas, de pé. Obrigado.

E agora?
Agora?
Agora os cães continuam a ladrar e os gatos a miar. As aves continuama voar. O Sol continua a brilhar.
Só isso?
Sim! O mundo não pára por causa de ninguém! Ninguém o detém! Nunca!
Não o parou o holocausto e nem o deteve o filho da vizinha que nasceu.
Não pára quando choras e nem gira mais rápido quando ris.
A maior parte das vezes o mundo nem repara que existes, nem sabe que estás aí. És tão pequenina que nem te vê.
Mas… tu és o herói!
Herói? Heróis nascem e morrem todos os dias!
E o mundo… o mundo continua a girar!
Mas… então… nada muda?
Muda sim! Mas não o mundo! O que muda são os teus olhos do mundo!


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A Solução

Ainda que possam não acreditar, Eu tenho a solução para que as notícias sobre o nosso País sejam melhores: Acabem com a estatística, pá!
Que se bana do conhecimento humano tudo o que são teorias e compêndios sobre esta disciplina lesa-pátria.
Que se acenda uma fogueira purificante onde serão consumidos todos aqueles que, cá e lá fora, estudam ou pronunciam dados estatísticos - pode ser junto ao Pavilhão de Portugal, simbolicamente.
Fora com as médias, medianas, desvios padrão e raio que os partam!
Só assim Portugal passará a ser uma nação onde só chove ou faz sol, e onde os problemas existirão, mas na mesma proporção de qualquer um dos outros países do mundo – que também têm desemprego; acidentes viários mortais; bêbados; doentes em lista de espera; canais de televisão privados; boys band’s; etc; etc.


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Pensamento de uma vida

Há frases transcendentais, que revelam muito para além da mera articulação das palavras que as legitimam. São autênticas lições de vida que contrariam a simplicidade com que são ditas ou escritas. Algumas, até, representam uma harmonia visual entre as letras, elevando a ortografia a patamares estéticos mais valiosos “que mil imagens”. Ora, é por isso que Eu entendo a necessidade de, aqui e ali, se ir polvilhando os blogues com os proclamados “pensamentos do dia”. É bom! Enriquece a alma dos que escrevem e dos que lêem. E como não quero ficar a ver os barquinhos a passar, deixo aqui uma reflexão que não é do dia (como o pão Bimbo ou o leite Vigor) mas é de toda uma vida, sobretudo para aqueles que, como Eu, tiveram a coragem de a tatuar na memória* logo à primeira leitura.

(apresento-a na língua original, e em duas traduções exactas para quem não entender o original – sim porque nem toda a gente tem a obrigação de entender o dialecto chinês clássico)

工作, 傻瓜! 因为这些词不是使你读(一则消息从我 ) (original)


일, 바보 ! 이 낱말이 읽을 것이기 너를 위해 이지 않기 때문에 (나에게에서 메시지)
(tradução 1)

仕事すなわち愚か者! これらの単語が読むべきあなたのためでないので(私からのメッセージ)

(tradução 2)

*para os interessados, recomendo que tatuem-na na memória e não na parte interna do antebraço, que isso é para os jogadores de futebol


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Quando é que crescemos?

- Quando é que crescemos?
(sorrio-lhe)
Quando é que crescemos?
Quando o que nos parecia enorme afinal é tão normalmente pequeno
Quando o tempo dura metade do tempo
Quando andamos mais do que corremos e já não temos os joelhos sempre esfolados
Quando os sítios eternos já não existem
Quando já não somos pegados ao colo por quem sempre nos pegou
Quando já não pegamos ao colo aqueles que sempre pegámos
Quando já só sonhamos a dormir e dormimos cada vez menos
Quando o nosso medo deixa de pertencer ao escuro
Quando a vergonha apaga brincadeiras e gargalhadas
Quando descobrimos a saudade
Quando é que crescemos?
Quando sorrimos em vez de chorar
(abraço-a e beijo-a)
- Não te preocupes, ainda falta muito tempo e para mim serás sempre pequenina

E sai mais uma para o Zé Portuga

Está aqui veiculado que o Português José Mourinho (co-proprietário do Chelsea FC, como provam as constantes referências na SportTv ao "Chelsea de Mourinho") foi novamente premiado como "o melhor" ou "o primeiro", já nem interessa.
Ora isto é pernicioso, porque se, por um lado, nos enche a todos com um orgulho tendencialmente seguidista, por outro, pode levar a uma deformação da personalidade do visado.
Deixem lá o homem em paz, pá! Senão ele ainda começa a querer a peneira toda para si próprio e a consciencializar-se que é realmente especial, e depois ninguém o poderá aturar (ainda muda o nome para José Mourãozarrãozão).


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(re)Vistas Masculinas - parte II (a última, calma)

Para quê? Pergunto Eu, para quê?, se sempre houveram “revistas de homens” subentendidas e enraizadas na consciência humana: todas as de carros; e aquela pequena e sagrada publicação fotográfica, com nome diminutivo feminino, vendida em qualquer pequeno quiosque de pau (feito) erigido às três pancadas nas calçadas do nosso país, que foi servindo como manual de educação sexual durante tantas e tantas gerações. E, para aqueles que procuravam uma maior erudição, tínhamos uma “Grande Reportagem”, uma “Visão” ou o suplemento anual d’A Bola, com os planteis completos para a época vigente.
Não era agora necessário começar a condensar informação e belas desnudadas (vulgo gajas nuas) numa única encadernação, e denominá-la de “revista masculina”.
Atentem que não são as publicações, e muito menos os jornalistas ou cronistas, que me causam urticária, é o conceito. É uma imitação! Uma clonagem de um item feminino! A primeira (ou talvez não), se a memória não me apunhala a certeza. O que não é um desprestígio enquanto generalidade, mas a escolha específica deixa tudo a desejar.
As mulheres têm tanta coisa verdadeiramente invejável, porquê ir buscar as revistas? É que atrás (cá está, atrás) disto já veio a depilação, os implantes, as posturas correctas e outras coisas acabadas em “ices”.
É assim como se - muito mal comparado, Eu sei – para defendermos os direitos dos animais começássemos a andar de gatas.
Qualquer dia começamos a ouvir que o Zé Coiso e o Manel e Tal também deixam de jantar para verem o episódio em que o Ricardão desposa a Cicinha, depois do barco da madrasta ter explodido; e aí, aí estamos a bater lá onde já não se desce mais e a passar o legado da dominância.
Mas, enfim, pode ser a nossa salvação. E Eu prefiro crer que se trata disso mesmo, de um mais um processo “evolutivo” que nos liderará à salvação.

Perdoem-me a excessiva seriedade do tema, a noite mal dormida (e demais que virão) e o derrube de dogmas que ele causou; contudo, isto não é um texto machista, é um texto de quem defende a igualdade através da elevação e não pelo agachamento. Literalmente escrevendo.
Acabou (agora já podem comentar), bom fim-de-semana.


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(re)Vistas Masculinas - parte I

Ao fim destes anos todos a determinar comportamentos, estamos finalmente a forçar o nivelamento por iniciativa própria, para contentamento da parte do mEu cérebro que cultiva a mágoa. Sim, Eu estou a dirigir-me aos descendentes directos de Adão (mas as Evas também podem ler).
Até Eu, que sou um acérrimo e convicto defensor da igualdade entre seres humanos – independentemente do género, raça, credo, preferências sexuais, corte de cabelo e “partidância” política -, me encontro indignado com tamanho tiro no pé. Desta feita armaram-se de catapulta!
E o que me leva a respirar tal consternação? As chamadas “revistas masculinas”.
Não é um fenómeno recente, Eu sei; mas está a proliferar e a intensificar-se, e isto, meus amigos, é o princípio do fim. É um bradar voluntário aos cavaleiros do apocalipse, para que venham e incendeiem o cadafalso, em cima do qual nos temos refastelado na poltrona da supremacia natural. Até agora; porque, pelos vistos, em vez de continuarmos a estender a mão para auxiliar à subida, como sempre fizemos (alguns não, reconheço, mas esses não são para aqui chamados) desmontámos e ajoelhámo-nos para que elas nos espezinhem até ocuparem o nosso lugar na garupa da importância.
Com o tempo fomos aprendendo a conviver com a ânsia, compreensível e mais que justa, que elas tinham de se nos equivaler - demonstrada pela necessidade de usar calças; votar; fumar em público; ocupar cargos de chefia; ou de ter outra mulher – o que, de certa forma, até nos envaidecia e estimulava (principalmente o último exemplo enunciado), mas, ao que parece, isso não chegava e, num golpe de génio virado do avesso, decidimos descer uns degraus, em vez de incentivarmos a escalada para proveito da própria espécie.
E vai de copiar aquilo que mais nutria o ego feminino e, no fundo, alimentava as tão proclamadas e carpidas desigualdades: as revistas exclusivas.

(continua amanhã)

Publicidades

Quem habitualmente lê jornais diários ou fica atento aos noticiários televisivos/radiofónicos, sabe que o fenómeno da publicidade é um dos temas que mais despertam o mEu interesse (logo a seguir à vida doméstica da Pamela Anderson). E é embutido no espírito desta fixação que Eu inauguro hoje, aqui, uma nova (talvez única, quem sabe?) rubrica – inédita! já que nem os senhores do Contra-informação sem lembraram disto. Então, vamos lá ao episódio piloto.

Nova proposta para aquele anúncio do BES:

“Tive uma ideia, oiçam:
- Vou abrir uma casa nocturna, recheada de meninas oriundas do leste da Europa e do Brasil, que farão companhia activa a empreiteiros da construção civil, bancários e dirigentes de futebol. Até já tenho o nome e tudo – rinoceronte amarelo, mas também pode ser um outro animal africano, com uma outra cor. Não é genial? Alguém está comigo?...”

Por outro lado, soube que o José Mourinho já reservou um bilhete para o próximo derby lisboeta. Dizem-me que o modesto treinador telefonou para as bilheteiras da Luz e pediu, expressamente, um lugar junto a uma das claques do Glorioso, ao que a senhora que o ouvia respondeu “mas…ò sôr Mour…m…mas…porquê?”; e diz ele naquele tom duvidoso que caracteriza o seu discurso: “Porque se não fosse para ganhar…”

Finalmente, “o Yaris avultou, cresceu” dizem os senhores da Toyota. "Então não!" digo Eu; depois da Isabelinha F. lhe ter feito festinhas no volante e dado palmadinhas no capot, por ocasião do anúncio anterior, o que é que estavam à espera?

E pronto, estas são as minhas sugestões do dia. Com muito gosto.


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Ricky Mijing

Pelos vistos a entrevista que Ricky Martin deu á “Blender”, onde diz que gosta de urinar na sua parceira sexual - antes do banho, importante! -, está a causar polémica no seu país de origem.
E depois? pergunto Eu. Também há para aí muita gente que vê as novelas da TVI, e outros que comem todos os tipos de queijo.
Aliás, só os mais incautos se poderiam surpreender com tal revelação; é que quem vê o rapaz a dançar – Eu não! Não sou desses – repara logo que aquilo não passa de sacudidelas da sua última mijinha ou, em alternativa, movimentos-reflexos causados por intensas dores de bexiga.


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Precipitação na precipitação

“E quando deres por ti
Entre a chuva dissolvente
És o pai de uma criança
No seu caminho de casa”

In Chuva Dissolvente (Xutos e Pontapés)

(a citação anterior não tem nada a ver com o texto que se seguirá – a não ser a palavra chuva - mas, de vez em quando, fica bem uma citação, mesmo que pertença aos Xutos)

Agora que a chuva - cá está a ligação com a citação – voltou, Eu não posso deixar de colocar uma questão que deve crepitar no espírito da nossa espécie, desde que o Homem enfrentou o primeiro Outono e começou a levar com pingas de água naquilo que mais tarde resolveu chamar de “cabeça”:
Quando começa a chover, e não temos nada que nos proteja, o que é que devemos fazer? Corremos ou andamos até ao abrigo mais próximo?
Dizem os doutos da sabedoria popular que “Quem anda à chuva, molha-se”; então e quem corre, não se molha? Até parece que a corrida impermeabiliza o corpo, assim tipo propriedade de super-herói. Nada disso, meus amigos, e vou prová-lo, por “j+k”, que, em certas circunstâncias, correr ainda molha mais que andar.
“Lá está este gajo a complicar” oiço já da parte do clã dos rezingões que aqui costuma vir; mas não estou, é verdade.
Imaginemos a seguinte situação (se estiverem dispostos a isso, como é óbvio, que Eu não obrigo ninguém a nada): vamos escolher num sítio qualquer do nosso lindo Portugal, digamos em Lisboa, para não ser tendencioso. Ora, estamos em plena Praça do Comércio a adorar a estátua equestre de D. José I e, antes de pousarmos o olhar “na pata direita” do cavalinho, S. Pedro resolve descarregar um peso de água daqueles que só a negridão das nuvens que cobriam o céu fazia adivinhar. Como não temos guarda-chuva, nem gabardina, diz-nos o instinto que é melhor abrigarmo-nos da chuva, não vá ficarmos molhados.
E pronto, depois de ultrapassada a difícil escolha de qual das arcadas nos abrigará melhor – eventualmente alguns ficarão ali até vir o sol, como o burro do outro -, toca a dirigirmo-nos para lá, em passo de corrida, como não poderia deixar de ser.
O problema é que, se corrermos, vamos levar com mais água do que se andarmos, ou seja, ao deslocarmo-nos mais rápido apanhamos com gotas que, se fossemos a andar, já teriam caído no chão quando por lá passássemos. Fiz-me entender? Ainda bem.
“Mas se formos a andar, ficamos mais tempo sujeitos à intempérie…”, com esta é que me lixaram agora! (também tenho resposta para essa, mas Eu não quero estar aqui a densificar a coisa…)
Então, podemos facilmente concluir que, por vezes, é imperativo assumir que vamos ficar molhados que nem uns patinhos (os pintos não se molham, pois não?), e não adianta correr ridiculamente, muito menos com a pastinha, o jornalinho, ou a mãozinha por cima do penteado. Mais vale caminharmos, dignamente, como quem diz: não é uma molha que vai lavar a minha postura.
É assim que se comportam os nórdicos quando neva – que dói mais que a chuva.


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Desconceitos

Numa noite destas dou comigo a assistir à quadratura do círculo – sim, Eu assisto a programas intelectualmente elevados, fazem-me sentir assim… inteligente – e começa o Dr. Pacheco Pereira a debitar repetidamente o seguinte conceito socialo-estatístico-demográfio “o aumento da esperança de vida” para aqui; “a esperança de vida” para acolá; e Eu pensei para comigo “olha lá meu menino, se queres ver este tipo de programas tens de saber exacta e cientificamente ao que eles se referem, senão é melhor continuares a esfregar o chão”. Bem pensado, bem feito - continuei a dar uso ao esfregão.
Mas aquilo não me saía dos tímpanos - a voz daquela figura simpática e nada polémica, diga-se en passant (é verdade, também dou uns toques na língua de Jean Pierre Papin) a atirar com a “esperança de vida” para a conversa - e lá fui Eu ao caderno da segunda classe ver a definição concreta de tal conceito. E reza assim:
Numa dada população, esperança de vida ou expectativa de vida é o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, se submetido, desde o nascimento, às
taxas de mortalidade observadas no momento (ano de observação)” – tem graça, que é a mesma definição que aparece aqui (cá para mim a D. Antónia colabora neste site…).
Na prática, “esperança de vida” é o número médio de anos em que uma pessoa se aguenta na superfície terrestre (isto sem os penduricalhos estatísticos).
Ora, o curioso - e irónico, até - é que em Portugal, e dadas as últimas polémicas desabrochadas por declarações ministeriais à volta das reformas (precisamente o que despoletou a citação da expressão em causa), Eu diria que a “esperança de vida” significa literalmente o contrário, ou seja, neste momento quando por cá dizemos “esperança de vida”, estamos a dizer o número médio de anos que uma pessoa terá uma vida desesperada; e o seu aumento só significa o aumento do desespero. Ou não é assim?
Mas isto há-de mudar, tenham esperança. E vida.


Bom fim de semana.


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entretanto...

O Dr. Pedro Santana Lopes voltou a opinar (foi mais oooó...pinar!) - a blogoesfera agradece, não é blogosfera?


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Esta é que foi!

A maior invenção do Homem não foi a roda, e muito menos o fogo ou o sundae de caramelo. Foi o duche de água quente abundante, e devia haver uma providência divina ou humana, tanto faz, que concedesse este privilégio* a todo o Ser Humano.

*logo a seguir à satisfação dos desejos das misses, como é óbvio


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Adenda

Hoje Eu venho aqui para pedir ao senhor que escreve os manuais dos telemóveis que inclua, a partir deste momento – já! -, o seguinte alerta (o mesmo deverá ser impresso na última página do livrinho, em letras garrafaizinhas):

ATENÇÃO! A intensidade de rede que o seu operador disponibiliza para o aparelho que agora adquiriu não aumentará se: Falar mais alto ou gritar; Apertar o aparelho com mais força; Insultar ou agredir descontroladamente o aparelho.

Todos estes actos só lhe trarão desprezo e desconsideração por parte daqueles que assistem a comportamentos tão parvos e, ao mesmo tempo, indignos de um utilizador das novas tecnologias ®©™

Já está!


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Crós e Pontras

«O FIM DAS ILUSÕES

O que é que vai mudar na vida económica e financeira dos portugueses? Em que pé estão as reformas da administração pública? E os impostos? Haverá mais justiça na política tributária? Conseguirá Portugal controlar o défice e voltar a crescer? Será possível evitar o empobrecimento? Como vão ser enquadrados os grandes investimentos da OTA e do TGV na política financeira do Estado?»

Foi com este tema a debate que o programa Prós e Contras iniciou mais uma temporada (é este o termo que se usa para definir as periodicidades das séries televisivas - pelo menos na FNAC é assim).
Um título bem “esgalhado”, sim senhor; não tanto pelo conteúdo das várias opiniões, mas pelo próprio tema em si. É que, a julgar pela abertura, escusamos de esperar grandes novidades da “Dona Fátima”. Até aposto 7 “caracóis” da minha vasta cabeleira em como serão agendados nesta nova série de programas temas tão inovadores e esquecidos como: a legalização do aborto; a qualidade da Educação, da Saúde e, já agora, da Justiça; o combate e prevenção aos incêndios florestais; os acidentes viários (tudo “em Portugal”, claro).
Isto assim por alto, porque Eu também não quero estar aqui a armar-me em Maia, e estragar as surpresas que a senhora tem guardadas.


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A metafísica do leito

Nestes mais de 12235 dias em que Eu já respirei, se há algo que sempre me intrigou, apesar de não acreditar muito nessas coisas, foi a capacidade telepática das camas.
Todas as camas em que acordei se revelaram, mais cedo ou mais tarde, umas autênticas “Lindas Reis” enviando-me fortes ondas cerebrais que apelam à languidez eterna. Não sei se com toda a gente é assim, mas comigo sempre foi.
Desde cedo tive que aprender a resistir a tão ardilosa mensagem, ignorando-a (bem, por vezes não consigo, mas pronto, é só às vezes), fingindo que não estou maluco e que as camas não falam, nem por telepatia.
Mas o pior nem é isso. O pior, mesmo, o que se torna quase insuportável, é a veemência com que o raio da peça de mobília o faz depois de me conseguir levantar e antes de me começar a vestir. Nessa altura, a intensidade da transcendência atinge níveis que ultrapassam o razoável, e passa a ser coadjuvada por um surpreendente e infalível poder hipnótico. Se antes de sair do quarto Eu volto a olhar para a cama - Está feito! - já só de lá saio depois da divisão do dia. A voz, dentro da minha cabeça, arrasta-se e começa a soar a atendedora-brasileira-de-linha-telefónica-erótica, e juro que vejo o edredão e os lençóis a abrirem-se em movimentos insinuantemente promíscuos. Até a almofada contribui, ali deitadinha, a oferecia.
Mas agora chega! Vou comprar uma fotografia do padre Frederico e pagar uma consulta domiciliar ao prof. Alexandrino. Isto só pode ser coisa do mafarrico, uma cama não pode ter tanto poder sozinha. Vou acabar com isto de vez!
Vai de retro, camanás!


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Estão feitos...

Há muito boa gente (o Bibi não, espero Eu) que vem aqui, serve-se e vai-se embora sem sequer dizer “água vai”. E alguns já nem voltam!
Ora, para esses mesmos, instalei uma aplicação descarregada a partir de um site do
Tadjiquistão - muito fiável, portanto – que os castigará com uma pena mais horrenda que aquela que Zeus destinou a Prometeu.
Primeiro, começarão a sentir um formigueiro na ponta das falangetas que digitaram o endereço, sensação que se alastrará até ao sabugo, originando o crescimento acelerado e desproporcionado das unhas - terão de cortar o "unhedo" de 38 em 38 minutos, se não quiserem parecer uns feiticeiros medievais.
Depois, salivarão, três vezes mais que o cão do Pavlov, cada vez que vêm outro ser vivo.
Mas o pior vem à noite: todas as noites, durante 9 dias úteis, sonharão - em slowmotion e a cores! - com o Jô Soares a correr atrás de Lili Caneças, ambos em pelota, na praia de Cracavelos. A esta passagem pela parte mais obscura da mente seguir-se-á uma insónia de 43 minutos, provocada por uma dormência, ligeiramente dolorida, no dedo mindinho do pé esquerdo.
Para além de tudo isto, organizei neste texto - segundo as mais evoluídas técnicas da psicologia sueca - uma série de palavras, cuja distribuição criteriosa transmite uma mensagem subliminar que os fará voltar todos os dias, e comentar.

Bem feita!


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Isto há cada uma...

Depois de três vezes - TRÊS VEZES - plagiado no Plagiadíssimo, apareço agora “linkado” no Zona Franca (para mim, uma referência diária na leitura blogueira).
Ele há pessoas com um gosto muito duvidoso!

Presidenciais

Vale a pena ouvir o Diogo Beja nas manhãs da Comercial.
Digo-o não por estar preso a qualquer laço de amizade (o rapaz nem me conhece) ou dívida monetária (bem, agora passa a existir da parte dele...), mas porque vale mesmo a pena.
O mocinho alia a uma notável “voz de rádio” - que denuncia logo um aspecto limpinho, onde não falta um par de orelhas como deve ser - um humor descomprometido; sincero; desavergonhado; daqueles genuinamente puros, que deixamos à solta entre os amigos. E é precisamente isso que, para mim, atravessa pelos altifalantes entre as dez da manhã e as duas da tarde - uma conversa de amigos.
“Mas o que é que isto tem a ver com as presidenciais?” Pergunta já alguém mais desatento. Tudo. Tudo mesmo. “Porquê?” Continuam a indagar os mesmos incrédulos e já outros, aposto.
Ora, aguentem lá o Rocinante e o Mr. Ed que Eu explico: É que ao ouvirmos pessoas divertidamente talentosas - como o Diogo - damos conta que, afinal, ainda fazemos parte de um país que tem gente com muito valor, que merece ser ouvida, lida, vista e elogiada (porque não?); e é o que Eu sugiro, em vez de nos dissolvermos em “prés”, “prós” e “antis” à volta de situações que – por antecipação excessiva; desajustada delonga e abuso mediático – se acabam por tornar tão desinteressantes e desmotivantes. Situações como... precisamente, as presidenciais.
Não entendam este apelo como se Eu não considerasse o assunto, do futuro Presidente, merecedor da mais cuidada das atenções - sou um gajo com sentido de estado, porra - mas, por esta altura, toda a gente sabe em quem votar (e ainda nem começou a campanha, ou começou?) e já só se discute quem é o mais trôpego, o mais gordo, o que dança melhor, e outras “propostas” que tais…
Portanto, mantenho a minha: vão lá ouvir o Diogo e, já agora, aproveitem para ouvir o senhor que o antecede e a senhora que se lhe segue, que valem igualmente a pena.


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Rabaçal! Rabaçal!

Neste novo ano Eu estou firmemente determinado a experimentar o Rabaçal; sem dúvida, o orgulho de todos os peneleiros.
É que tenho vontade de vivenciar novas sensações e ambientes e, para começar, nada melhor que estar lá, onde as rabaças se mostram, prontas para acolherem o nosso contacto, fresquinhas, disponíveis a serem tocadas e cheiradas desbragadamente numa manhã orvalhada ou numa tarde solarenga (como é óbvio, não o farei à noite, sob pena de poder manusear algo que não uma rabaça).
Por isso, preparem-se, peneleiros, “untam-se” de entusiasmo e esperança, asseiem o queijo, desobstruam a gruta, que ainda este ano Eu me juntarei a vós no desfrute de tal enlevo – o Rabaçal! E quero ver tudo!

PS: Como nunca tive tamanho privilégio (é como o classificam, Eu ainda não sei), penso que o melhor será aliar-me a um peneleiro já conhecedor; que isto nunca se sabe, ir para lá sozinho… sem conhecer… ainda me posso aleijar a sério. Assim, se conhecem algum, digam, não deixem que este vosso servo se aventure sem o devido acompanhamento, ´tá bem?

Folheto informativo:
Quem quiser saber mais sobre o Rabaçal vá
aqui; se a sua curiosidade reside sobre os peneleiros entre aqui (salvo seja)


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pequenos ou Grandes?

E qual a frequência com se deve botar? Uma vez por dia? Dia sim, dia não? Semanalmente?
Eu não me queria iniciar neste período, entre o fim de 2005 e o início de 2007, sem pôr à consideração estas dúvidas que me vão perturbando nas horas que passo acordado.
Já nem menciono a largura, que normalmente é constante (pelo menos no meu caso é sempre a mesma), porque o que realmente me acicata a incerteza é o tamanho do tamanho - a mim e a tantas outras almas; digo-o com a mesma certeza com que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa afirma algo, quando levanta o sobrolho esquerdo.
Tão grande interrogação é coisa para estragar, logo à partida, o desempenho de uma pessoa! Eu que o diga, que me martirizo sempre com isto antes de começar.
E não me venham dizer “ És muita giro e o tamanho não interessa, o que conta é a maneira como se usa, e mais coisa e coiso…” que isso a mim não me diz nada, é tudo verdades que já figuram no mEu “verdadário”, é a Alana com a prima, as chamadas verdades de lá polícia, ou lá o que é.
Bom, mas antes de continuar, quero esclarecer que estou, obviamente, a tentar dissertar sobre a dimensão física e temporal dos posts.
Pela minha parte, prefiro mais, curtos e incisivos que longos e maçadores. Mas, como em tudo, há excepções. Já li por aí muito bom post que assusta pelo tamanho, mas depois engolem-se que nem cerejas (naturais, sem chocolate por fora); e são esses mesmos que me baralham a convicção.
Eu próprio tento resumir ao máximo os textos que resolvo publicar, mas nem sempre isso é possível (nem desejável, sob pena de se começar a apregoar para aí que Eu não consigo escrever mais que três linhas de texto) e, vai daí, saem maiores do que o pretendido, para desgosto e sofrimento de quem os lê - Eu.
Vou terminar que isto já se está a alongar e ainda não escorreu nada de conclusivo (trocadilho de mau gosto, que não é o mEu estilo), alguém que agarre aqui (novamente a brejeirice fácil) e continue, se conseguir…

ATENÇÃO: Não estou a imiscuir-me nos autores de qualidade, estou tão só a tentar definir uma linha editorial que me agrade quando volto aqui para reler o que já escrevi e li inúmeras vezes antes.


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