Instruções de uso
Se por acaso me conheces;
Se pensas que me conheces;
Se estás agora a iniciar-te nesse processo tortuoso e torturante que é conhecer-me;
Se pensas que um dia o poderás querer fazer;
Se fantasias com isso (de formas porcas e violentas ou não);
Fica desde esta altura (quer dizer, mais a seguir, quando acabares de ler) a saber que:
Das coisas que mais atrofiam a minha reduzida e instável estabilidade mental é a desistência de comunicação extemporânea e injustificada, quero com isto dizer que atrapalha-me o ser quando me deixam de falar ou de falar comigo (e falar nestes tempos da comunicação pode significar muita coisinha, por exemplo o “diálogo” através de transferência bancária é deveras importante e enriquecedor, literalmente). Por isto:
Se és ecologista e não gostas de magoar seres vivos (entre os quais ainda me incluo, por enquanto nestas décadas que se seguem);
Se respeitas a condição humana (idem, mas não sei se por décadas…);
Se achas que te preocupas um cagagésimo que seja com a pessoa que te escreve;
Se não queres ser vilipendiado em silêncios interiores;
Se te preocupam os feitiços, mau-olhados, bruxarias e outros disparates que qualquer pessoa comum pode imaginar ou desejar;
NÃO O FAÇAS! Não pares a fluência das palavras (li isto ontem num anúncio para terapia da fala e achei por bem encaixá-lo aqui) sem aviso. Quando te sentires ofendido diz (e ofende, que é sempre reconfortante); se achas que te desrespeitei, enuncia (da forma que quiseres); se simplesmente já descobriste que sou um chato do caraças, informa antes de te ires que Eu aguento, vivo comigo há trinta e tal anos e sei perfeitamente do que falas (até te posso ajudar a falar comigo, imagina!).
Fico-me por aqui e agradeço: OBRIGADO!