Obrigado Ricardo

Tenho de confessar que sou um grande admirador do Ricardo Araújo Pereira. Muito mesmo! É que o rapaz - permito-me tratá-lo desta forma, visto termos o mesmo nº de anos, sendo que Eu nasci dois antes - não só tem um humor inteligente, culto e devastador, como ainda o escreve de forma irrepreensível e inspiradora.
Mas acima de tudo, identifico-me com tal personalidade pela devoção clubista, e pelo modo como é exprimida e sentida. Para quem tenha alguma réstia de dúvida, deixo aqui uma prova irrefutável da sua extrema dedicação ao Glorioso (e não estou a falar das magníficas rábulas com que nos brinda antes, e nos intervalos, dos jogos na Luz, nada disso).
O seu apego à causa do Clube da Águia foi ao ponto de se ter infiltrado no Manchester United, como jogador defensivo, prevendo que, mais cedo ou mais tarde, o proclamado colosso do futebol europeu se poderia intrometer no destino do nosso Clube. Então, num esforço de louvar, ao longo dos últimos anos, todas as semanas lá foi viajando repetidamente para “terras de sua majestade”, assumindo a (falsa) identidade de John O’Shea, para, quando necessário, poder pôr em prática o seu plano, que viria a ser finalmente concretizado na Gloriosa noite de 7 de Dezembro de 2005.
E pronto, naquela noite mais uma vez (quem sabe a última) lá vestiu a camisola do Manchester - com as lágrimas nos olhos, diz-me uma fonte segura- e foi para o campo fazer aquilo que se propôs desde o início de tal farsa: uma exibição que permitisse a vitória do SLBenfica. E assim foi!
Em nome de tudo isto: obrigado Ricardo! Agora já podes parar com a aldrabice e voltar descansar em paz aos fins-de-semana.

(Para que ninguém me acuse de mentir descaradamente, vejam as provas: aqui está o Ricardo na sua verdadeira pele e aqui podemos vê-lo como jogador medíocre)