As engenheiras
Há uma certeza que me acompanha, praticamente desde que tenho consciência do mundo que me rodeia: A engenharia é uma criação feminina. Não teve um Pai, teve uma Mãe.
Só uma mulher poderia ter inventado tal ciência, está-lhes no código genético como a faculdade de serem carinhosas ou a necessidade de chorar a ver filmes românticos.
Digo isto porque só um ser que “engenha” instintivamente poderia empinar, numa estrutura tão estável, tachos, panelas, pratos, frigideiras, e restantes componentes do trem de cozinha, como as mulheres o fazem.
E é nesta altura de festas familiares que tamanha aptidão se esmera, elevando-se ao requinte de enxovalhar o próprio Eiffel. Dá gosto ver como tão distintas peças se articulam num todo tão arrumadinho, cujo limite é o tecto da cozinha, dependendo da idade da técnica em causa – sim, porque esta é uma capacidade que, sendo intrínseca, vai-se apurando com a idade, atingindo a perfeição um pouco antes da menopausa.
Mas qual Segadães Tavares? Qual pala do Pavilhão de Portugal? Unicamente quem consegue ultrapassar a lógica da gravidade, mantendo elevado um conjunto de formas tão antagónicas apenas com o auxílio de um fino pano da loiça, deveria receber honras de prémio.
Mas há um problema, um pormenorzinho: é que, da mesma maneira que só elas conseguem erguer a obra, só elas a conseguem desmontar sem estardalhaço! Que ninguém se atreva a tentar retirar qualquer coisa da peça – nem que seja uma mísera colher de café – que aquilo desmancha-se tudo num ápice. Muito menos o tentem de noite, ou acordarão toda a vizinhança.
Só uma mulher poderia ter inventado tal ciência, está-lhes no código genético como a faculdade de serem carinhosas ou a necessidade de chorar a ver filmes românticos.
Digo isto porque só um ser que “engenha” instintivamente poderia empinar, numa estrutura tão estável, tachos, panelas, pratos, frigideiras, e restantes componentes do trem de cozinha, como as mulheres o fazem.
E é nesta altura de festas familiares que tamanha aptidão se esmera, elevando-se ao requinte de enxovalhar o próprio Eiffel. Dá gosto ver como tão distintas peças se articulam num todo tão arrumadinho, cujo limite é o tecto da cozinha, dependendo da idade da técnica em causa – sim, porque esta é uma capacidade que, sendo intrínseca, vai-se apurando com a idade, atingindo a perfeição um pouco antes da menopausa.
Mas qual Segadães Tavares? Qual pala do Pavilhão de Portugal? Unicamente quem consegue ultrapassar a lógica da gravidade, mantendo elevado um conjunto de formas tão antagónicas apenas com o auxílio de um fino pano da loiça, deveria receber honras de prémio.
Mas há um problema, um pormenorzinho: é que, da mesma maneira que só elas conseguem erguer a obra, só elas a conseguem desmontar sem estardalhaço! Que ninguém se atreva a tentar retirar qualquer coisa da peça – nem que seja uma mísera colher de café – que aquilo desmancha-se tudo num ápice. Muito menos o tentem de noite, ou acordarão toda a vizinhança.
2 Comments:
Ai não tento, não. As mulheres é que o fazem, as mulheres que o desfaçam. Até agradeço que a minha não me deixe tocar na loiça...
eheheheh graças a deus eu sou a excepção que confirma a regra.
Mas já estou a imaginar o filme aí em casa... levanta-se o Eu e muito sorrateiro vai à cozinha beber um cafézito, puxa da colher e... zaz, ndwerri etlerotro bvyuty... acorda o prédio inteirinho com o terramoto.
Espero que a dona da casa não tenha encontrado a colher de pau...
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