Certas músicas...

…desintegram-me. Espalham-me pelo ar. Fazem-me levitar. Levam-me e trazem-me para outros tempos. Forçam-me a (re)viver coisas boas e coisas más. Mantêm-me atento. Pertencem-me e obrigam-me a pertencer. Mostram. Disfarçam. Ficam.
Por isso, quando às vezes as repito em voz alta (parvamente, Eu sei) não é uma tentativa de as cantar. Não. Estou só a dizer que estou cá e gosto de cá andar.


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O centímetrossexual

Está visto: o meu filho vai ser metrossexual.
Digo isto porque – para meu orgulho e espanto - ele já se acerca da sanita e consegue fazer chichi de pé, que nem um homem ! (com todo o domínio e respingos que esta afirmação carrega).
Só que depois vai limpar a “pilinha” à toalha. Sintomático. Qualquer dia já o estou a ver a requerer um creme hidratante, de ph neutro, para não “assar” a pontinha.


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Interrompemos a emissão...

Desapareceu de casa de seus pais - Eu e a Criatividade(?) - o Alento.
Na altura do seu desaparecimento exibia um a pequenino, já algo desgastado pelo uso, e clamava insistentemente por um t , o qual ansiava trajar no início do a, que nunca lhe foi oferecido pelos progenitores - e o que ele sonhava em apresentar-se como (t)alento!
Segundo Eu :"a culpa não foi só da falta do t e da desilusão do sonho adiado, também a má influência do Tempo" - o outro filho adoptivo do casal -"contribuiu para o seu desaparecimento. Recordo que eles eram muito cúmplices, e tenho a certeza que o comportamento fugidio e arisco do Tempo, sempre a furtar-se às tarefas que lhe são destinadas, precipitou esta falta".
A Criatividade mantém-se quieta e mirrada no seu canto, enquanto sussurra incessantemente: "Foram as palavras dos outros que o envergonharam e afugentaram".

Vou tentar encontrar o Alento e volto já.


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Brrrrrr

Às vezes penso que com o frio que sinto não compensa estar vivo. Mas depois visto um casaco e digo de mim para mim: “Só pensas é parvoíces!”


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Medo

Segundo A Bola "Simão tem um edema subaponevrótico do músculo reto anterior da coxa esquerda". Perante isto só me resta colar a palma da mão à testa e berrar silenciosamente, num pânico descontrolado: "POOORRAAAAAA! E agora? Quando é que vamos ganhar outra vez?"


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Mensagem num monitor

Está aí alguém ou estão todos ocupados a viver?


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E assim se filosofa nas nossas ruas

Lá ia Eu, Praça da Alegria acima, quando o meu rumo foi desfeito por um Português (estão a ver o tipo, não é? Esse mesmo!). Parou em frente à montra de uma barbearia das antigas e, tal como Eu, dá-se conta que o carrasco dos cabelos se encontra lá dentro, partilhando o silêncio e a penumbra com um jornal e com a sua bata.
Com o vigor de quem bate nas costas de um companheiro de armas que não vê há muito tempo, atinge duas vezes o vidro com a palma da mão e diz (alto, muito alto): “Atão, pá?!”
O outro - que se mexeu alguma parte do corpo foram os olhos - deve ter retorquido:" Estou fechado"; porque a resposta veio quase agarrada à interjeição (com a mesma intensidade sonora e assertiva): "Estás fechado?! Então abre a porta ou sai cá para fora que já não ficas fechado". E de lá de dentro ainda deve ter vindo um "estou a descansar", justificação novamente rebatida ao milésimo (sempre no mesmo tom apregoador):"A descansar?! Descansas quando morreres, pá".
Entretanto, as palavras foras vencidas pela distância porque, infelizmente, a minha vida é mais do que tomar conhecimento das conversas alheias, e ainda havia muita rua para deixar para trás até ao meu destino.


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Diário de Maria (para seguradoras)

Gastei 2 horas 17 minutos 37 segundos e 379 milésimos do Tempo que me resta a remover do pára-brisas do meu automóvel a vinheta do seguro para a poder substituir por outra menos desbotada e mais actual - mas igualmente amarfanhada, depois de cumprida a tarefa.
Será que podem imprimir os dados do seguro num quadradinho que sirva na bolsinha que o acolhe? Ou tenho mesmo de comprar um estojo de cirurgião para efectuar a troca sem arrebentar a carteirinha toda?
É que já me sinto um verdadeiro Reinaldo das bolsinhas-para-o-selo-do-seguro e isso, como é óbvio, complexa-me e impede-me de olhar para os pára-brisas do mundo com a naturalidade dos normais.


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Muito agradecido

Aqui divulgo um exemplo do verdadeiro serviço público que a imprensa portuguesa pode facultar. Isto sim (para os mais desatentos, piquem com o cursor no Isto), é servir o interesse do leitor. A partir de hoje sou uma pessoa muito mais culta e feliz com a vida e com aqueles que me rodeiam.


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Ai o povo!

Que o povo é sábio já toda a gente sabe. Por isso, como é hábito, não estou a dizer novidade nenhuma. Contudo, também tem as suas parvoíces e a prova está na existência de certas expressões populares que não só são falaciosas, como ainda se revestem de um mau-gostismo latente.
Como exemplo temos a recorrente frase “Não há fome que não dê em fartura”. Nada mais falso! Porque se assim fosse as nossas feiras, mercados e exteriores de estádios estariam pejados de Etíopes a distribuir essa colesterólica guloseima, em vez de se assistir à sua venda em psicadélicas roulottes, recheadas com engorduradas famílias que nos cobram um euro por dor de barriga.
E o que dizer da expressão “Encher o olho” tão acarinhada pelos comentadores de futebol (vá-se lá a saber porquê)? Acho mal, pronto! Penso que não é de bom-tom andar para aí a apregoar “à boca cheia” (aqui está outra!) que “o jogador P (estou farto do X)” lhes “enche o olho”. Se é mesmo verdade, não espalhem, que a consciência desse facto é coisa para me fazer perder a vontade de ver o resto do jogo.
Existem outras, mas não quero estar para aqui a sujar mais esta maravilhosa língua. Não, não é a minha! Estou a falar da Língua Portuguesa.


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Silêncio

Quando resolvi iniciar-me nestas andança prometi a mim mesmo que iria evitar ao máximo usar este espaço para desabafar as minhas desilusões futebolísticas.
Por isso não posso escrever sobre o quanto aquele “ser” (entre aspas porque às vezes parece-me que nem é), que enche de vazios o banco do Glorioso, me enerva pela falta de genica; nem do seu medo de ganhar jogos; nem dos jogadores que (não!) jogam, mas que não têm culpa porque não são eles que mandam; e muito menos acerca daquela equipa que receia jogar para vencer só para não contrariar o “treinador” (entre aspas novamente pela razão anterior), e que, com essa atitude, consegue derrotas humilhantes – pelo menos para mim são demasiado - como a de ontem, que nem com a ajuda de um árbitro voluntarioso conseguiram evitar.
Assim, devido a esta auto-imposição de censura, vou guardar as minhas frustrações encarnadas (de sangue e de paixão) até poder desabafar com alguém que me entenda e que as tome como suas, aliviando o meu fardo.


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Conto de hoje

Era uma vez uma PDA (Porcaria De Aparelho, para quem não sabe a definição) que fazia parte da vida do seu dono, como se de um órgão vital se tratasse. Ele tratava-a com carinho e deferência, pois asseava-a para além do seu próprio asseio; ofertava-lhe "corzinhas" e "íconezeinhos", para ficar bonitinha; alimentava-a diaria e incessantemente com novos dados e fresquinhos contactos, sempre complementados com suculentas e estaladiças moradinhas. Tudo isto deixando-a repousar respeitosamente na sua capinha, forradinha a veludo, de onde só saía para ser acariciada - em movimentos delicados e diversificados – através de uma suave (e exclusiva!) ponta de plástico – para não riscar a menina, claro.
Era, então, uma PDA tratada como se da mais requintada amante se tratasse. Tudo isto durou onze ternos e cúmplices meses, nos quais se foram reforçando intimidades até à dependência (da parte do dono, que ia cegando com a disponibilidade eficiente da sua “jóia”).
É uma história feliz, não é? Até apetece ir já a uma loja comprar uma. Nada de mais enganoso.
Foi então que, numa fatídica manhã de Novembro, o afeiçoado dono resolveu acordar a bicha (como já perceberam o adjectivo endureceu, uma vez que este que vos escreve sabe o final da história) de um tranquilo sono, que durava já perto de uma semana. E perguntam vocês: “Tanto tempo? Mas ela não era manuseada diariamente?” Pois era, mas um homem também tem família e outros compromissos, pelo que, por vezes até as PDA’s têm de ser um pouco negligenciadas.
Bem, mas adiante, como ela não acordava o dedicado dono facultou-lhe energia eléctrica - do dia (sempre o melhor) – esperando receber a sua saudação luminosa com o mesmo sorriso de sempre. Só que desta vez a … (vou ocultar o adjectivo para não ferir susceptibilidades) respondeu com uns afeminados golfinhos, em vez do simpático ecrã em tons encarnados que sempre exibia. Percebendo que algo de errado e trágico se estava a passar, o ansioso dono embasbacou na espera do desenvolvimento da coisa. E pasmou quando assistiu ao renascimento daquela que, até então tinha crescido consigo. Ou seja, como a mais vil e traiçoeira das meretrizes, a PDA esqueceu tudo o que lhe tinha sido facultado e resolveu recomeçar, como se estivesse a ser desvirginada pela primeira vez. Perante tal cenário, o despedaçado dono sentou-se, enquanto agarrava, com a mão esquerda, o braço direito, que perante tal traição ganhara vida e tentava, furiosamente, arremessar a pérfida máquina contra a parede. Depois de serenada a luta, feliz ou infelizmente ganha pela mão esquerda, o resignado dono resolveu começar tudo de novo, mas desta vez sem tanto afecto e dedicação, que entretanto foram lavados da sua alma pela enxurrada de lágrimas interiores.

Moral deste conto: se querem uma amante, arranjem um ser vivo, que amanhã é sexta-feira


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Desespero

O teu choro esgaça os frágeis atilhos que me prendem à razão, afasta-me da maturidade que já devia ter. As lágrimas secam o meu dia; a cara que as chama esgota-me a alegria; e o som, esse, cala todos os outros, para ficar a ecoar muito para lá do que dura. O peso desse pranto atraiçoa-me o sustento, enfraquece-me os joelhos, aproxima-me de ti, do teu tamanho, daquilo que vês daí, de onde estás. E quando sou pai desse choro, o seu cúmplice, aquele que o instiga, então, a raiva que sinto contamina o que sou e o que quero ser, tira a importância do que já fiz e quero fazer, empurra gritos líquidos que nem sempre se podem conter. Enfim, revolta-me contra mim e contra ti. Entristece-me. Apaga-me. Silencia-me.
Como eu queria que a vida não nos contrariasse.
Quem me dera que o respeito nascesse, não fosse imposto.
Como eu gostava que na tua cara só se desenhassem risos e sorrisos.

A todos aqueles que, como eu, gostavam que o choro das crianças parasse com um abraço.

... feita à maneira

Embalada pela precocidade (fútil) que assola o nosso país – de que são exemplos mais notórios a existência de Saldos todo o ano e o início do natal logo a partir de 1 de Novembro, que dantes era o Dia de Finados – aí está a campanha para as presidenciais (ou pré-campanha, como lhe queiram chamar, o que para mim é a mesma coisa, visto a palavra principal estar lá toda, e ainda com um “pré” a empurrar). E nada melhor que aqueles descomunais cartazes, onde são exibidas carantonhas de simpatia forjada, secundadas por parangonas desprovidas, para me fazerem olhar para o lado.

Contudo, um houve que me chamou a atenção pelo simbolismo que encerra. Não é que o candidato (Dr.?) Francisco Louçã apregoa “olhos nos olhos” e depois aparece a olhar para nós com óculos? A isto chamo eu um exemplo puro de mentira política, ou, mais tecnicamente, demagogia. Ou seja, na prática o que ali se passa é que, se o senhor estivesse na nossa presença (todos devemos interpretar os outdoor’s como mensagens presenciais dos candidatos, é por isso que eu viro a cara!), nunca seria “olhos-nos-olhos”, mas sim olhos(os nossos)-nos-óculos(do senhor)-e(só depois)-nos-olhos(do senhor). Isto se nós não tivermos, também, lunetas; porque aí, meus amigos, o caso torna-se tão grave e complexo, que nem Eu me atrevo a enunciar. Mas por outro lado, a mensagem não deixa de ser verdadeira, o que nos impede de apedrejar publicamente o autor, uma vez que as lentes são transparentes.

É a tal coisa, “sexo com preservativo não é natural mas continua a ser sexo” (achei por bem trazer este tema à liça para não tornar a minha exposição demasiado enfadonha, e, para além disso, blogue que não contenha a palavra sexo, pelo menos uma vez por mês, não é blogue nem é nada). Estamos, então, perante um caso típico de uma meia-mentira ou de uma verdade falaciosa, como lhes souber melhor, técnica basilar da política - portuguesa, reforço Eu.

Para concluir quero deixar claro que nada me move contra o candidato em questão, nem contra os outros, do qual me servi apenas para dar um exemplo inequívoco de… nem Eu sei! Antes pelo contrário, espero, e apelo, para que todos vão exercer o direito, e dever, de votar nestas eleições (e nas outras também). Mais que não seja para desenhar aquele que, sem sombra de dúvidas, ultimamente deve ser o símbolo mais visto nos boletins de escolha, após o período de escrutínio. Esse mesmo, o tal, o das “duas bossas e muito pêlo”, the one and only – o Areias. E quem não conseguir desenhar um camelo, pode desenhar outra coisa qualquer, desde que mantenha o conceito.


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Ainda bem!

Na sua auto-biografia, Vítor Baía diz que foi benfiquista, mas só até aos dez anos. Até onde não vai o marketing! Já só falta aos jogadores do F.C.Porto mostrarem uma voluptuosa "murcona" na capa das suas interessantíssimas bio(degradáveis)grafias, para ver se alguém - ou algum seguidor do supracitado grémio -, num estado grandíloquo de distracção ou aflição, se distrai e compra tal encadernação quando o papel higiénico estiver arredado das prateleiras de um qualquer hipermercado ou mercearia.

Por outro lado, os Delfins participam no novo "hino" do Sporting C.P.. Ora essa visão (só vi, não ouvi porque o volume de som da TV estava no mínimo, felizmente) proporcionou-me uma noite de sono mais tranquila que a ingestão de duas embalagens de Xanax.



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Desculpe???!!!

À saída de uma Assembleia da Liga Portuguesa de Futebol, onde se debatia, entre outros assuntos, a possibilidade, ou não, do Benfica inscrever mais um guarda-redes, o Major Valentim Loureiro acaba de proferir a seguinte frase: “O Benfica foi pouco prudente em inscrever no início da época apenas dois guarda-redes, quando a maior parte dos clubes da Liga tem três”. Ora, na minha modestíssima opinião, esta constatação de “pouca prudência”, por parte deste senhor, pode ser tão levada a sério como a voz póstuma de D. Maria Antonieta a recomendar a alguém para não “perder a cabeça” ou de Joana d’Arc a aconselhar um seu semelhante a manter o “sangue frio”.


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Incentivos

O Sr. Ministro das Finanças anunciou ontem que os funcionários públicos serão aumentados de acordo com a sua produtividade. E agora pergunto eu, o que é que vem a seguir? O aumento do abono familiar para os casais que conseguirem ter filhos de três em três meses? A isenção de impostos a quem conseguir provar que esteve sete meses seguidos sem comer e sem dormir?


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Facilidade de expressão

Ontem, durante a sagrada hora da janta, a minha filha foi solicitada, pela mãe, a responder o que tinha sido o almoço no colégio. “Foi aquele comer com carne cuspida”, respondeu ela com a tranquilidade de quem está a proferir a resposta mais ouvida no mundo. “Empadão??!!”, retorquiu a progenitora incrédula com a resposta (a sua e a dela). O tom surpreendido levou-a a direccionar o olhar para a interlocutora, enquanto respondia assertivamente com a cabeça. “Mas aquilo não é carne cuspida, filha. É carne moída”. Rematou o assunto com um encolher de ombros e um doce, e matreiro, sorriso que clara e triunfalmente deixava transparecer um “mas tu percebeste, não foi?”.


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Atlântida Man

Definitivamente está na moda a reposição, em longas-metragens, de séries televisivas que alimentaram o imaginário de milhões de espectadores nos EUA e, até, em alguns países culturalmente desenvolvidos, como Portugal ou o Bangladesh.

Depois de ter tido conhecimento da chocante notícia de que David Hasselhoff (o verdadeiro pai do tuning) e o seu “rodinhas psicadélico” vai voltar – e com um filho! - directamente para o grande ecrã (facto veiculado por Joaquim Varela no post de 28 de outubro de 2005, no desBlogueador de conversa), também eu não resisto a revelar um segredo, que tem tentado sair de mim qual acne da borbulha mais proeminente na cara de um jovem desbarbado. Vamos poder rever Patrick Duffy como Homem da Atlântida! (e os seus ridículos calções amarelo-nojo também).

Soube de fonte mais que fidedigna - não tanto como a Linda Reis, pronto – que a obra será filmada no nosso país, em cenários tão distintos como: o Aquário Vasco da Gama - onde será filmada a batalha final com a lula gigante, dentro do próprio reservatório onde pode ser contemplada aquela “coisa”; a Piscina Municipal da Torre da Marinha; e numa das poças que se acabou de formar na minha rua devido à carga de água que está de cair.

Posso ainda adiantar (sem comprometer o secretismo da máquina de marketing) que, dada a idade e fisionomia actuais do actor principal, foi contratado para duplo um tamboril com cerca de 8 quilos, capturado na costa de Sesimbra às 14h 37min do passado dia 17. O bicho está a ser treinado por Carlos Castro - este assumirá o papel se alguma coisa der para o torto (ou para o direito - que belo trocadilho!) - e já consegue abrir e fechar a boca quando o põem fora de água.

Sei que a grande inovação publicitária do filme passará pela substituição da venda de pipocas, no horário de início das sessões, por doses de uma conhecida ração para peixes, e pela oferta de uma pequena alga liofilizada ou da cabeça de um camarão chuchada na Portugália – patrocinador oficial da obra -, consoante seja um espectador feminino ou masculino. Os outros receberão um rabo de chaputa.

Agora, usem esta preciosa informação da melhor maneira possível e não maltratem os animais.


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Facilitem, pá

Já me começa a irritar o tipo de perguntas que vão sendo colocadas no concurso “O Cofre”, exibido na RTP logo a seguir ao Telejornal. Vejam lá se tornam a coisa mais acessível, meus senhores. Coloquem perguntas fáceis e educativas do tipo: “O que é que acontece à fêmea do piolho-do-mar (Paragnathia formica, para quem tem dúvidas) na altura do nascimento das suas crias larvares?”
Obrigado.


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O Monte, o Alpinista e o Pai Natal

Para o meu filho sou como o Everest. E não é pela minha altivez, magnificência ou pelo respeito que lhe suscito. Nada disso. O que se passa é que ele vê em mim o repto perfeito para pôr em prática as estratégias de escalada que parece engendrar durante as longas horas do dia que passamos apartados. Senão é vê-lo assomar-se, furiosamente, do meu corpo, quando ao fim da tarde me sento no sofá em busca de alguma atenção (ou, por vezes, na esperança de passar despercebido, confesso). Galga por mim, como se aquela fosse a primeira e a última vez, sem se importunar com os meus suplícios doloridos ou com os pedidos veementes, que saem com a força dos ventos mais agrestes que ele encontraria no referido acidente orográfico. Mas nada o detém. E com a agilidade dos felinos mais expeditos, depressa atinge triunfalmente o seu objectivo, recompensado com a tentativa balbuciante de se equilibrar - sem o apoio das mãos! - nos meus ombros. Não sem antes assinalar a façanha com um ou dois vigorosos murros no alto do meu crânio, como quem tenta espetar a bandeira do país de origem no topo de um qualquer cume gélido nunca antes testemunhado pela presença humana. Com o mesmo desembaraço, desce e, imagino, simula uma viagem de milhares de quilómetros que o deixará na presença de um novo desafio, já que a odisseia repete-se poucos segundos depois.

Por isso só me resta deixar aqui um pedido explícito ao simpático e anafado senhor das barbas brancas, e a todos os seus representantes, para que nos próximos anos não se lembrem de deixar na minha chaminé uma picaretazita ou umas botas cardadas. Espero, e desejo com todas as minhas forças, que daqui a 15 anos esta mania já lhe tenha passado, pelo menos no que a mim concerne, pelo que o pedido prescreverá a partir daí.


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