...são crianças, não são periquitos
Ainda amolecido pelo texto anterior que o Macaco Adriano me emprestou – continuo a não ser capaz de dizer isto sem que as lágrimas me traiam a vista – vou aproveitar para falar de outros animais queriduchos e fofinhos.
Os portugueses (não é destes, que estes são animais mas não são queriduchos e muito menos fofinhos) distinguem-se do resto da espécie por as suas características psico-sócio-motoro-comportamentais. É um dado adquirido que ninguém poderá por em causa, mais que não fosse, pela panóplia de escritos cientificalóides e anedotas que já se produziram sobre esta gente sui geniris. E Eu venho adensar este dogma com mais um dado relevante: o nosso povo tem um gene próprio da língua e da nacionalidade – o chamado Gene de Noé (chamado por mim, que ainda ninguém o tinha estudado o suficiente para lhe chamar o que fosse).
Estou convencido que esta característica genética existe em todos nós apesar de estar adormecida em muitos, porém, a generalização da sua exposição em todos os pontos cardeais da nação, e no fundo em todo o mundo onde nos encontramos, bem como a transversalidade etária com que se manifesta, supera em larga escala os compatriotas com esta porção do genoma “dormente”, nos quais Eu me incluo assumidamente.
O agora identificado gene, na sua forma mais comum – a activa –, transforma o seu possessor em alguém que é obstinado pelo emparelhamento dos seres (daí a justificação do nome – Gene de Noé) levando esta mania ao limite quando fala de crianças (também ainda não é esta a referência do primeiro parágrafo, que estes são queriduchos e fofinhos, mas não são animais). E como podemos comprovar se estamos perante um “Noerento” (nome que resolvi dar à pessoa com o gene activo)? O mais fácil é numa normal conversa sobre filhos, exemplo:
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Os portugueses (não é destes, que estes são animais mas não são queriduchos e muito menos fofinhos) distinguem-se do resto da espécie por as suas características psico-sócio-motoro-comportamentais. É um dado adquirido que ninguém poderá por em causa, mais que não fosse, pela panóplia de escritos cientificalóides e anedotas que já se produziram sobre esta gente sui geniris. E Eu venho adensar este dogma com mais um dado relevante: o nosso povo tem um gene próprio da língua e da nacionalidade – o chamado Gene de Noé (chamado por mim, que ainda ninguém o tinha estudado o suficiente para lhe chamar o que fosse).
Estou convencido que esta característica genética existe em todos nós apesar de estar adormecida em muitos, porém, a generalização da sua exposição em todos os pontos cardeais da nação, e no fundo em todo o mundo onde nos encontramos, bem como a transversalidade etária com que se manifesta, supera em larga escala os compatriotas com esta porção do genoma “dormente”, nos quais Eu me incluo assumidamente.
O agora identificado gene, na sua forma mais comum – a activa –, transforma o seu possessor em alguém que é obstinado pelo emparelhamento dos seres (daí a justificação do nome – Gene de Noé) levando esta mania ao limite quando fala de crianças (também ainda não é esta a referência do primeiro parágrafo, que estes são queriduchos e fofinhos, mas não são animais). E como podemos comprovar se estamos perante um “Noerento” (nome que resolvi dar à pessoa com o gene activo)? O mais fácil é numa normal conversa sobre filhos, exemplo:
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- ah tem dois filhos... um casalinho, não? (dito com um brilho no olhar iluminado por um sorriso de esperança quase trascendental)
- sim...
- que giro! (rasga-se o sorriso, e vê-se que não salta por pura vergonha, porque todo o corpo espasma)
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- sim...
- que giro! (rasga-se o sorriso, e vê-se que não salta por pura vergonha, porque todo o corpo espasma)
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Nitidamente este terá sido o pensamento do sr. Noé enquanto andava à procura de animaizinhos para atafulhar na arca, e via dois: “É um casalinho, que giro!” (comprovação da lógica do nome, para quem tinha dúvidas).
Ora, como Eu sou um dos que tenho assistido a este desvario várias vezes da parte de fora (não o tenho activo – o gene – como já disse) penso sempre da mesma maneira, às vezes em voz alta infelizmente “Um casalinho? Que giro? Oh meu amigo estamos a falar dos mEus filhos, não de periquitos (é esta a referência do primeiro parágrafo, é esta!) não os quero para acasalarem nem tão pouco para procriar, preciso deles para os amar e ver crescer, mas que observação é essa?”.
É aqui que a preversidade do gene se revela em força, mostrando um olhar de estranheza e um “Ah pois...mas assim já tem um de cada”. “Um de cada”!?, “um de cada”!!??; poderiam retrair-se, mas não, insistem, levando-me a rematar com um original “ É preciso é que tenham saúde”. A isto respondem sempre com um quase desiludido “Claro”, muitas das vezes ainda reforçado com um insistente “Mas é um rapaz e uma rapariga, já está despachado” que os leva à fase e à face inicial. A eles, porque Eu já não dou troco, isto já está tão enraizado, é tão automático, que já sei o que espero e até aonde.
Posto isto, e uma vez que tenho mais coisas para escrever mas não posso, que o mEu “casalinho” já chegou, quero alertar para duas situações:
1. Se algum periquito está a ler isto, espero que não se sinta pelo facto de Eu escrever e dizer “São crianças, não são periquitos” que isto não tem nada de depreciativo nem é uma “caricatura”, é apenas uma comparação, só.
2. Se não leram o texto do Macaco, façam-no já aqui em baixo, que é a oportunidade de lerem qualquer coisa como deve ser até à próxima quarta-feira
6 Comments:
.....caro confrade, genial, de facto esse gene é irritante, embora o meu companheiro eu até simpatizamos,os com os perquitos, mas de quem gostamos mesmo, é de crianças.....
Abraço
Tu,
Sabes uma coisa...Gosto do teu sentido de humor...da maneira como expões as coisas...ehehehehe
Quanto as crianças...eu ainda sou uma.lol
Mais um beijo para retribuires lol.
Quase dá para ver daqui o brilho dos teus olhitos cada vez que escreves "mEus filhos" e esse é o brilho que se devia ver sempre em todos os que têm o "casalinho de periquitos" ou apenas um "periquito"
Tenho um casalinho, não de periquitos mas de canários.
Boas para os teus filhotes
Abraços
as crianças são pássaros ....e tu um dos que sopram alto para o alto....
digo eu, enfim....
beijo de bom dia.
Só não sei por que remetes para o texto de baixo, que este até está bem melhor. Escreve mais um amanhã, para ficares com um casalinho de textos bons.
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