Mais um

Beijei-a pela primeira vez há seis anos, depois de partilharmos um choro que para ela prendeu a sobrevivência e em mim soltou amor. O tempo roçava as duas da tarde numa segunda-feira destas.

Não me lembro do calor, mas devia estar. Lembro-me é do sol. Estava e brilhava.

Desde daquele instante já a beijei, no mínimo, milhares de vezes. No mínimo, porque, na realidade, devem ter sido mais que milhares. Sinceramente, só tenho por necessidade contar os que não posso dar, os outros, os que sim, são o normal.

Hoje, passados estes primeiros seis anos, ela continua assim, linda, Eu continuo a beijá-la.
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