Antes das férias
Acordo mesmo antes de o querer fazer. Alongo os braços para rasgar tudo o que ainda me prende ao sono. Lavo os restos de mim do dia anterior, arrumo-me dentro desta pele, cubro-a e saio para mais uma semana. Parece mais uma, mas não é. É “aquela” antes das férias. Aquela que se vai sumindo em metade do tempo, onde as coisas pendentes como que foram esperando para desabarem num conluio sincronizado que nos obriga a questionar “se realmente será esta a melhor altura…?”. Cá está ela, a começar à Segunda e a acabar no Domingo, como todas as outras, mas demasiado tortuosa para conter só sete dias. Se se pudesse apagar uma semana ao calendário, esta seria a minha eleita, sem a mínima dúvida, saltava logo da penúltima semana “activa” para a semana das férias. Mas não é assim, por isso cá estou, de corpo e (meia) alma.
Sei que me vou arrastar por estes dias até ao “tal”, o que inicia as férias. Esse dia que, desde há tantos anos, marca-me na memória que o tempo realmente está a passar, que afinal sempre estou a caminhar nos anos, tantas vezes empurrados por outros que também fazem esse caminho. Nem aniversários, nem natais, nem passagens de anos, nem outras quaisquer datas instituídas para o envelhecimento. Em mim, desde que o comecei a encarar, são as férias de verão que riscam mais um traço no tempo, e vá-se lá a perceber porquê (vá-se lá, porque cá não vale a pena, nem quero, faz parte do que sou, que nem sendo assim por aí além, sempre me impede de ser outro qualquer).
Pode até parecer estranho, esta letargia que me enche o estar, quando tanta gente, toda a gente, anseia e quase desespera pelo início das férias. Mas encaro-o e aceito-o. E aceito-o porque sei que, tal como sempre foi, depois das férias de verão nada será assim. Algo por aqui mudará. Depois é só esperar pelas próximas férias...
Sei que me vou arrastar por estes dias até ao “tal”, o que inicia as férias. Esse dia que, desde há tantos anos, marca-me na memória que o tempo realmente está a passar, que afinal sempre estou a caminhar nos anos, tantas vezes empurrados por outros que também fazem esse caminho. Nem aniversários, nem natais, nem passagens de anos, nem outras quaisquer datas instituídas para o envelhecimento. Em mim, desde que o comecei a encarar, são as férias de verão que riscam mais um traço no tempo, e vá-se lá a perceber porquê (vá-se lá, porque cá não vale a pena, nem quero, faz parte do que sou, que nem sendo assim por aí além, sempre me impede de ser outro qualquer).
Pode até parecer estranho, esta letargia que me enche o estar, quando tanta gente, toda a gente, anseia e quase desespera pelo início das férias. Mas encaro-o e aceito-o. E aceito-o porque sei que, tal como sempre foi, depois das férias de verão nada será assim. Algo por aqui mudará. Depois é só esperar pelas próximas férias...
4 Comments:
Eu digo-te é qu gostei de aqui passar.
Beijo
digo:
fárias?????????
não deixo!!!! ahahahahhh
digo: deixo sim.....
redigo.....obrigada.....mt.
lanço: um beij_______________O.
A.
só tens uma solução para tão angustiante problema...ou te deixas de férias ou te deixas de trabalho!
bem o k já se está mesmo a ver é que os que ficam vão andar às escuras durante algum tempo...espero ver esse sacrifício recompensado!!!
keep cool!
Pois que tenhas umas excelentes férias! E livra-te de não apareceres...;)
BeijInha Grande
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