O que há de errado com o sexo (ou será com o sexo?)
Já alguém, como Eu, parou a azáfama do pensamento e reparou que o instinto sexual é o único que precisa de um verbo auxiliar para se exprimir? Eu explico…
Uma pessoa come, bebe, dorme e…tem ou faz sexo. É a mesma coisa que dizer ontem tive boca (comi) com um belo cozido à portuguesa; ou fiz sono (dormi) num belo colchão de penas.
Mas o que é isto? Será que a actividade sexual não tem força suficiente para se expressar a si própria? Precisa de um “ter”, “haver” ou de um “fazer”? Até parece uma insuficiência qualquer. Até parece que a Língua precisa de realçar o sexo (“Língua” com L maiúsculo, de idioma; e “sexo” vocábulo, hã).
Quer dizer, todos sabemos que existem infinitos para verbalizar lascívia, mas esses parece que são considerados termos à margem da boa educação, ou ferem a sensibilidade do momento. E depois aparecem confissões racionais do tipo “ontem fomos para casa e tivemos sexo na carpete da sala”…só para rir! É que a expressão é idiota, falsa e quebra qualquer sensualidade inerente à acção.
Ora reparem, “ter sexo” acho que já toda a gente tem logo desde a nascença, não precisa de outro(s) para o ter. E a aplicação do verbo TER conjugada com o sexo, dá ideia que um gajo teve o sexo nas mãos, no bolso, ou num saco (não, não vou usar a palavra pacote), mas deixou-o fugir ou esqueceu-se dele lá no local onde o teve. É pena, tive, mas já não tenho…. O mesmo problema se põe (mais um trocadilho) na utilização do “houve”…houve, mas agora já não há, gastou-se todo.
Fazer…bem, fazer sexo é lá nas Caldas da Rainha. Lá é que os gajos fazem sexo e à mão (são as chamadas artes do sexo). Ninguém se junta a outra pessoa para fazer sexo ou sexos. É preciso um grande distúrbio mental para tal acontecer, digo Eu. Só se for fazer sexos pequeninos com recurso a miolo de papo-secos de um dia para o outro é que a coisa se assume como mais normal.
O sexo não se faz, já está feito. E se não estiver feito, também não se faz, não é? Não estou a ver uma parelha onde um dos parceiros, por este ou aquele motivo, seja desprovida de sexo e por dá cá aquela palha (a expressão adequada) consigam fazer um sexo assim sem mais. Não se faz, pronto!
Depois há outras maneiras de dizer, como “ir para a cama” ou “dormir com”…Nada mais falso!
Começando pela segunda, se dormiram, é porque não houve nada. E depois é uma expressão perigosa que rouba a inocência a outros significados. Eu durmo com os meus filhos, e não quero ter vergonha de o dizer.
O “ir para a cama” é redutor! Quer dizer, porquê “ir para a cama” significa algo e “ir para o sofá” provoca riso? Ou ir para o chão, para o lava-loiças, para o carro, para o bidé, e por aí fora? Dizer “fui para a cama com a mamalhuda do segundo esquerdo” é um triunfo, revelar “fui para a mesa da sala de jantar com o Hermenegildo” é motivo de escárnio. Ir para a cama é que vale? É científico? Não me lixem! Ou devo dizer “não me tenham sexo”?
Mas o sexo não vale por si mesmo para ser conjugado como verbo? A resposta é não. Eu não sexo, tu não sexas, ele não sexa. Então há que arranjar formas alternativas de o confessar, sem a necessidade do “ter”, “fazer” ou “haver”.
Eu por mim gosto da expressão ENGRONHAR, e vocês insistem no erro, ou também recorrem a formas únicas de f…….ecundar?
Uma pessoa come, bebe, dorme e…tem ou faz sexo. É a mesma coisa que dizer ontem tive boca (comi) com um belo cozido à portuguesa; ou fiz sono (dormi) num belo colchão de penas.
Mas o que é isto? Será que a actividade sexual não tem força suficiente para se expressar a si própria? Precisa de um “ter”, “haver” ou de um “fazer”? Até parece uma insuficiência qualquer. Até parece que a Língua precisa de realçar o sexo (“Língua” com L maiúsculo, de idioma; e “sexo” vocábulo, hã).
Quer dizer, todos sabemos que existem infinitos para verbalizar lascívia, mas esses parece que são considerados termos à margem da boa educação, ou ferem a sensibilidade do momento. E depois aparecem confissões racionais do tipo “ontem fomos para casa e tivemos sexo na carpete da sala”…só para rir! É que a expressão é idiota, falsa e quebra qualquer sensualidade inerente à acção.
Ora reparem, “ter sexo” acho que já toda a gente tem logo desde a nascença, não precisa de outro(s) para o ter. E a aplicação do verbo TER conjugada com o sexo, dá ideia que um gajo teve o sexo nas mãos, no bolso, ou num saco (não, não vou usar a palavra pacote), mas deixou-o fugir ou esqueceu-se dele lá no local onde o teve. É pena, tive, mas já não tenho…. O mesmo problema se põe (mais um trocadilho) na utilização do “houve”…houve, mas agora já não há, gastou-se todo.
Fazer…bem, fazer sexo é lá nas Caldas da Rainha. Lá é que os gajos fazem sexo e à mão (são as chamadas artes do sexo). Ninguém se junta a outra pessoa para fazer sexo ou sexos. É preciso um grande distúrbio mental para tal acontecer, digo Eu. Só se for fazer sexos pequeninos com recurso a miolo de papo-secos de um dia para o outro é que a coisa se assume como mais normal.
O sexo não se faz, já está feito. E se não estiver feito, também não se faz, não é? Não estou a ver uma parelha onde um dos parceiros, por este ou aquele motivo, seja desprovida de sexo e por dá cá aquela palha (a expressão adequada) consigam fazer um sexo assim sem mais. Não se faz, pronto!
Depois há outras maneiras de dizer, como “ir para a cama” ou “dormir com”…Nada mais falso!
Começando pela segunda, se dormiram, é porque não houve nada. E depois é uma expressão perigosa que rouba a inocência a outros significados. Eu durmo com os meus filhos, e não quero ter vergonha de o dizer.
O “ir para a cama” é redutor! Quer dizer, porquê “ir para a cama” significa algo e “ir para o sofá” provoca riso? Ou ir para o chão, para o lava-loiças, para o carro, para o bidé, e por aí fora? Dizer “fui para a cama com a mamalhuda do segundo esquerdo” é um triunfo, revelar “fui para a mesa da sala de jantar com o Hermenegildo” é motivo de escárnio. Ir para a cama é que vale? É científico? Não me lixem! Ou devo dizer “não me tenham sexo”?
Mas o sexo não vale por si mesmo para ser conjugado como verbo? A resposta é não. Eu não sexo, tu não sexas, ele não sexa. Então há que arranjar formas alternativas de o confessar, sem a necessidade do “ter”, “fazer” ou “haver”.
Eu por mim gosto da expressão ENGRONHAR, e vocês insistem no erro, ou também recorrem a formas únicas de f…….ecundar?
17 Comments:
(trazendo um copinho de leite morninho)
Oh Eu!
Logo hoje....
Hoje é dia de Pedro Abrunhosa, logo, só te posso responder:
"Talvez Fo**r"
Beijo para o Eu, que deixo eu
(obrigado, nanny, como adivinhaste que era o q Eu queria?)
talvez, talvez, mas essa é daquelas q caem mal na paróquia, digo Eu q sou pouco dado essas coisas (da paróquia)
está deixado, está respondido ;)
Leio-te sempre com um sorriso, Eu.
Obrigada :)
Tens também o quecar, cambolhotar.
E deixa-te de merdas, está bem? Se precisa de vero auxiliar, só denota que é uma actividade da mais alta importância, e assim sendo é obviamente complexa. E que eu saiba algo complexo precisa sempre de um auxilio. Estamos entendidos?
Ai o menino...
Eu é q agradeço, anónimo, pela amabilidade d sorriso (todos nós sabemos a q preço está esse agradável gesto)
agora só falta saber quem és...;)
_________
quecar= fazer queques; cambalhotar= dar cambalhotas...não servem! são ambíguos :))
não, não estamos entendidos; a complexidade está na mente, o corpo só tende a simplificar (qdo a amente deixa, independentemente da importância)
entendidos agora?
Essa do sexo ser simples não me convenceu, ou pensas que por ser freira sou parva?
Queca, cambolha são sinónimos de sexo, oh pseudo-púdico.
ENtendidos?
"engronhar"???
bolas...usassem essa expressao e bem que precisariam de bem mais que um auxiliar e...n seria de memoria!!
Deixa imaginar..."vou.te "engronhar"..."....credo..Eu...o menino na hora certa reconsidere e vá pela nanny mm que contrarie a paroquia!
;)
o sexo é simples, irritadinha, o amor é que é complexo (sobretudo porque precisa de sexo :))
sinónimos?!?!? olha que nunca vi em nenhum impresso escrito "cambalhota" e à frente um quadradinho com M ou F para assinalar; ou nenhum obstetra me disse o seu bebé é da queca feminina...enfim, sinónimos é um eufemismo metafórico, acho Eu :))_________
cat (bem aparecida nesta hora certa!) não se avilte contra o termo, ora repare, ao dizer "vamos engronhar" o mais provável é o outyro não saber o q é, logo aí é uma boa desculpa para começar - explicar o q é - é a chamada pedagogia com gozo :)))
Ok, Eu, ok. Fica com a tua teoria.
... é que eu nem sei como é que hei-de comentar isto...
E já é a 3a vez que por aqui passo...
... mas ainda vou voltar...
Este Eu pensa em cada coisa...
"fonar"... (mas não quer dizer nada...)
Já estive aqui estive e ri, sai rindo, voltei reli e ri... mas n vou comentar!!!
bjs**
ps: Uma boa semana para ti...
Estás a complicar... vamos é verbalizar a palavra:
Eu sexo
Tu sexas
Ele sexa
Nós sexamos (pode substituir-se por orgiamos)
Vós sexuais
eles sexuam
Assim, da próxima vez que quiseres engatar uma gaija, diz apenas:
"Então, sexamos hoje ou vou ter de te pagar alguma coisa?"
Um grande RAUF para ti!
Não penses muito... FAZ
(espeitando)
irritadinha, Eu fico com a teoria? e a prática? quem a agarra? :P
__________
trÊs vezes e ainda vais voltar, inês? nem Eu....fona-se! :))))
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comenta lá, just_me (e depressa que Eu já estou a ficar com os joelhos todos doridos de estar ajoelhado ;)
bjs (e boa semana, esta e todas;)
___________
rafeiro, rafeiro, lá jeito para verbalizar tens tu; e de resto? pagas só ou também conjugas?
Eu não engato, qto mto até podia pensar em "encãozar"
;)
_________
moura, falar é fácil...pensar e fazer ainda é mais, digo Eu ;))))
__________
(abrindo as cortinas para deixar a just_me espreitar)
Muito desdanha, este Eu...
Eh ehe he
Eu?!?!?! não tenho posses, não posso comprar, como tal não desdenho nada
(que acusação tão infame,inês, tens troco?)
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