PATIFE(S)

Em consequência dos resultados retumbantes e inequívocos obtidos nas últimas eleições autárquicas, os movimentos de apoio às diferentes candidaturas dos independentes exonerados pelos seus partidos “do coração” preparam-se para, numa conjugação de forças – assim tipo coligação de trafulhices -, oficializar o desabrochar de um novo partido para o espectro político português.

No sentido, estritamente patriótico, de obviar o processo, permitindo, quem sabe, apresentar atempadamente um candidato “decente” para as próximas presidenciais, foi constituída uma comissão de angariação de novos membros, que, qual comissão de festas provincianas, será constituída por: um porta-estandarte; um tocador de bombo; um corneteiro e um arguido por processo de corrupção (activa ou passiva, nesta fase pouco interessa) à espera de julgamento. Esta comitiva deambulará, ininterrupta e reiteradamente, pelas portas das delegações regionais da polícia judiciária e dos tribunais, sempre que estas instituições não se encontrem em greve ou em férias - 5 dias por mês, portanto. No entanto, sabe-se que foram encetadas negociações, algumas das quais já se encontram em estágios muitos avançados, para a entrada imediata de personalidades de relevo (para o propósito), como são, entre outros : o padre Frederico (ansiado por ser vizinho, no Brasil, de uma das grandes impulsionadoras do movimento); Jorge Gonçalves; Vale e Azevedo; e aquele mocinho que já foi apanhado 60 vezes a conduzir sem carta de condução.

Será em breve publicado, nos diários de maior tiragem, um apelo à sugestão de um nome para esta nova associação política, de forma a que todos os cidadãos do nosso país se sintam envolvidos. Da minha parte já têm uma sugestão: Partido Apoiante dos Trapaceiros Independentes que Foram Exonerados (os Sem-vergonha) – PATIFE(S). Agora é convosco. Força!