A blogoseita

Por ocasiões da passagem de mais um aniversário sobre o 25 mais querido daqueles que, como Eu, valorizam a mãe de todas as liberdades - a liberdade de pensar - lembrei-me de pensar nuns personagens que existiam antes daquela inspiradora data. Eram denominados de «controleiros».

Estes personagens encarregavam-se de verificar se os seus parceiros de ideologia política se mantinham, ou não, fiéis aos princípios da libertação do regime opressor. Para não aprofundar demais, e dando uma imagem romântica da coisa, tratava-se de camaradas que fiscalizavam o comportamento de outros camaradas, de modo a garantir a continuidade do comboio ideológico da liberdade (Eu sei que é complexo, pensar que para garantir o combate político a um regime que controlava essa mesma ideologia se utilizasse mais ou menos a mesmas armas de controlo…mas também merecemos alguma complexidade no meio de tanta simplicidade, não?). Adiante…

Tudo isto para escrever que, a propósito de mais um “ontem” e da lembrança destes tais controleiros, também Eu me sinto mais ou menos um controleiro da blogoesfera. E até desconfio que não serei o único. Na prática este sentimento traduz-se na obsessão de tentar saber ou imaginar se uma qualquer pessoa que me aparece à frente tem um blog, qual será e quem será o nick que dá alma aquela pessoa. No fundo é assim como uma espionagem do virtual no real.

Eu sei que o normal será imaginar as outras pessoas todas nuas, na casa de banho, a dormir, etc. mas Eu dá-me para isto, o que hei-de fazer? Assim que vejo uma pessoa ponho-me logo a esquiçar aquela personalidade e a forma como ela se desenharia num endereço destes. Tento até imaginar se aquele alguém que desconheço não será um de vós que conheço aqui. Por exemplo: se vejo um gajo com trejeitos efeminados penso logo “aquele podia ser o fallen angel”; se o gajo fala rápido e ri-se muito alto é um potencial rafeiro perfumado; se estou na presença de uma mulher baixinha e de voz irritante não posso deixar de sorrir e pensar na cat; se é uma quarentona encurvada de olhar cortante “lá está a irritadinha”; quando é um gajo de camisa desapertada até ao umbigo, de gel no cabelo e calças de ganga sem duvida que se trata do voyeur; se é uma rapariga da minha idade de voz baixinha e carinha laroca é a just_me; executiva de andar rápido e porte altivo só me apetece dizer “olá, Inês”; e por aí fora (todos os outros também têm uma pessoa dentro de mim, mas não me vou por aqui a abrir os biombos da minha imaginação para tudo o que é gente que Eu antevejo).

E pronto, por hoje era isto. Sei que possivelmente muita gente não tinha esta mania e vai passar a ter, mas esse é o perigo de se dar a ler textos escritos com letras brancas em fundos pretos.

Eu vejo-vos por aí (mesmo que não sejam vocês).


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O que há de errado com o sexo (ou será com o sexo?)

Já alguém, como Eu, parou a azáfama do pensamento e reparou que o instinto sexual é o único que precisa de um verbo auxiliar para se exprimir? Eu explico…

Uma pessoa come, bebe, dorme e…tem ou faz sexo. É a mesma coisa que dizer ontem tive boca (comi) com um belo cozido à portuguesa; ou fiz sono (dormi) num belo colchão de penas.

Mas o que é isto? Será que a actividade sexual não tem força suficiente para se expressar a si própria? Precisa de um “ter”, “haver” ou de um “fazer”? Até parece uma insuficiência qualquer. Até parece que a Língua precisa de realçar o sexo (“Língua” com L maiúsculo, de idioma; e “sexo” vocábulo, hã).

Quer dizer, todos sabemos que existem infinitos para verbalizar lascívia, mas esses parece que são considerados termos à margem da boa educação, ou ferem a sensibilidade do momento. E depois aparecem confissões racionais do tipo “ontem fomos para casa e tivemos sexo na carpete da sala”…só para rir! É que a expressão é idiota, falsa e quebra qualquer sensualidade inerente à acção.

Ora reparem, “ter sexo” acho que já toda a gente tem logo desde a nascença, não precisa de outro(s) para o ter. E a aplicação do verbo TER conjugada com o sexo, dá ideia que um gajo teve o sexo nas mãos, no bolso, ou num saco (não, não vou usar a palavra pacote), mas deixou-o fugir ou esqueceu-se dele lá no local onde o teve. É pena, tive, mas já não tenho…. O mesmo problema se põe (mais um trocadilho) na utilização do “houve”…houve, mas agora já não há, gastou-se todo.

Fazer…bem, fazer sexo é lá nas Caldas da Rainha. Lá é que os gajos fazem sexo e à mão (são as chamadas artes do sexo). Ninguém se junta a outra pessoa para fazer sexo ou sexos. É preciso um grande distúrbio mental para tal acontecer, digo Eu. Só se for fazer sexos pequeninos com recurso a miolo de papo-secos de um dia para o outro é que a coisa se assume como mais normal.

O sexo não se faz, já está feito. E se não estiver feito, também não se faz, não é? Não estou a ver uma parelha onde um dos parceiros, por este ou aquele motivo, seja desprovida de sexo e por dá cá aquela palha (a expressão adequada) consigam fazer um sexo assim sem mais. Não se faz, pronto!

Depois há outras maneiras de dizer, como “ir para a cama” ou “dormir com”…Nada mais falso!

Começando pela segunda, se dormiram, é porque não houve nada. E depois é uma expressão perigosa que rouba a inocência a outros significados. Eu durmo com os meus filhos, e não quero ter vergonha de o dizer.

O “ir para a cama” é redutor! Quer dizer, porquê “ir para a cama” significa algo e “ir para o sofá” provoca riso? Ou ir para o chão, para o lava-loiças, para o carro, para o bidé, e por aí fora? Dizer “fui para a cama com a mamalhuda do segundo esquerdo” é um triunfo, revelar “fui para a mesa da sala de jantar com o Hermenegildo” é motivo de escárnio. Ir para a cama é que vale? É científico? Não me lixem! Ou devo dizer “não me tenham sexo”?

Mas o sexo não vale por si mesmo para ser conjugado como verbo? A resposta é não. Eu não sexo, tu não sexas, ele não sexa. Então há que arranjar formas alternativas de o confessar, sem a necessidade do “ter”, “fazer” ou “haver”.

Eu por mim gosto da expressão ENGRONHAR, e vocês insistem no erro, ou também recorrem a formas únicas de f…….ecundar?


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Carta aberta às Júlias Pinheiro, Fátimas Lopes, Gouchas e restantes aconselhadoras profissionais deste nosso Portugal e arredores

Boa noite,

Eu sei que V.Exa(s) só lê(em) isto no período diurno, mas é a solidão da noite que me leva a redigir tão amarguradas palavras. Sem querer distender a Vossa prezada atenção para lá do plasticamente sustentável, queria pedira o vosso pré-Divino auxílo para a resolução de um flagelo que insiste em não se descolar do mEu comportamento de há uns anos para cá. A grande verdade, quase tão insofismável como a existência destes canais que nos ajudam a ser pessoas como deve ser, digamos, é que Eu não consigo apanhar o sabonete no banho mesmo quando estou sozinho (que é a totalidade das vezes). Eu não lhe chamaria um trauma, por isso escusam de usar esse termo na resposta. Diria que é mais uma cavilha cravada nas minhas tábuas comportamentais (e ressalvo desde já todos e quaisquer pensamentos que esta hiperbólica metáfora tenha suscitado).

Sim, é real. Derivado dos tempos dos balneários do futebol, e dos mitos criados à volta das consequências de apanhar um sabonete caído em pleno antro da panasquisse potencialmente latente, Eu ainda hoje me retraio quando tal acontece; e confesso que actualmente “tal acontece” quase diariamente, motivado - quem sabe? - por me sentir mais à vontade e relaxado num chuveiro onde estou só Eu. Mas o facto é que o pavor de me vergar para apanhar tão escorregadio objecto ainda se revela sob a forma de suores que arrefecem a própria água quente e remetem para segundo plano o seu caudal (já para não falar da urina que teima em precipitar-se invocada pela tremideira dos joelhos).

Eu sei que a sugestão instintiva será “lava-te com gel de banho”. Mas, de alguma maneira, Eu acho que o gel de banho serve precisamente para aquelas pessoas que gostam de deixar cair o sabonete e de “ir apanhá-lo”, se é que me faço entender…. “Mas o sabonete também não é a coisa mais máscula do mundo” retorquirá quem agora está com saudadinhas de um duchinho com gelzinho de banho. Pois não, mas a alternativa seria lavar-me com sabão azul e branco, e isso, caro(s) remetente(s), é algo que jamais Eu poderia considerar: a utilização de algo azul e branco em contacto directo com este impoluto corpo num ritual tão casto como o banho.

Mas chega de tergiversar que o assunto é sério e desespera.

Quando tal acontece no fim do ritual de asseio hidráulico as consequências nem são muito gravosas – quem vier a seguir que apanhe o fugidio utensílio. Agora, quando a tragédia se dá no início ou no primeiro quinto do acontecimento, o caso assume proporções perto do catastrófico…estou farto de me lavar com champô! Ainda por cima, estes longos cabelos obrigam à utilização de um líquido anti-caspa, que Eu escolhi refrescante. Ora, para quem não sabe, esta capacidade refrescante potencia-se à medida que a latitude anatómica vai descendo, e, em certas partes do couro cabeludo do corpo, aquilo que era uma agradável sensação de frescura começa a confundir-se com um efectivo ardor.

Já não sei o que fazer. Eu seguro o sabonete vigorosamente, mas parece que quanto mais o aperto – ao sabonete – mais ele tem tendência a escapar. Começo a ficar desolado e a perder aquele gosto que tinha em tomar banho. Assim não vale a pena. É um sofrimento. Só de escrever toda esta situação já tenho os joelhos a tremer…

Não sei como poderei ultrapassar este medo. Peço que me ajudem por favor e agradeço desde já toda a atenção e compreensão dispensadas.


Ass:
um leitor anónimo com o escroto extremamente refrescado e sem qualquer vestígio de caspa


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Hoje não é Páscoa…

…Mas a imagem da cruz às costas não me sai da cabeça.

Primeiro porque passei todo o Santo dia (literalmente falando) de ontem a trabalhar; agora estamos no Sábado à noite e Eu ainda continuo a trabalhar; e amanhã que é Domingo Pascoal também não vou escapar à continuação da escalada deste “quase autêntico” Calvário (o que me vale é que as teclas magoam menos as mãos que os pregos e em vez de uma coroa de espinhos tenho só uma dor na espinha por estar sentado tantas horas).

Segundo porque há uns tempos que um distintíssimo anónimo insiste em engordar a caixa de comentários do texto anterior ao anterior (o tal do baú) com umas mensagens que têm pouco a ver com o conteúdo do texto em si e, até, desta quadra. Digamos que são mensagens cujo teor está algo desenquadrado (o tal do trocadilho). Contudo, não queria deixar este assíduo leitor sem resposta, e como tal escolhi aquelas que considerei mais pertinentes, e condizentes com o que Eu escrevi no texto em causa, para lhe responder. Então é assim:

Adorable Lesbian Teenie Amateur Girls Licking Pussy Together (está certo, mas a quem é que elas estão a fazer tal coisa juntas?)

Blonde Angel Gettin Fucked Doggystyle Publicly In Train Yard (antes Blonde Angel que Fallen Angel, não é companheiro? E será o Doggystyle desempenhado por um Rafeiro ou por um canídeo com pedigree? De qualquer maneira essa mistura de “anjos” com “estilo canino” com “publicidade” e com “comboios” não me cheira lá muito bem…acho que devia ser melhor explicado por quem de direito)

Mature Lesbians In Hot Action (cuidado com as queimaduras, diz que a partir de uma certa idade é coisa que demora muito a curar, de resto – avancem!)

Eve Angel Birthday Sweetheart Plays With Balloons (tão querida! Para ver coisinhas destas é que vale a pena acordar todos os dias; até lembra a coelhinha da Páscoa)

Strapon Lesbians Anally Abuse A Busty Bitch With Huge Dildos (sem dúvida! Trata-se efectivamente de um abuso, e ouvi dizer que não é a primeira vez, coitados dos Dildos)

A Blonde With Massive Natural Titties In Hardcore Action (sobre essa problemática Eu diria que é o que na geopolítica estratégica se denomina de “massas em acção”, mas isto é como diz o outro: há coisas que nunca são suficientemente grandes)

Cellmate Lick Adorable Ass (bom proveitinho)

Sweet Horny Shemale Chick Loves Fucking A Dude In Hot Anal (há gostos para tudo e, pelos vistos, há tudo para os gostos)

Adorable Mature In Pantyhose Fucks A Finger (deve ter doído! Eu também já entalei um dedo e sei bem o que isso custa)

Katja Gets Ass Ripped And Sucks Two Big American Cocks (eh pá mentiras é que não! Two Big American Cocks?!?! Ou tiras um Big e o American, ou tiras os dois Bigs; tudo junto é que não, pois não?)

Huge Facial Cumshot After Chick Gets First Anal Fuck (um mal nunca vem só…não sei se perceberam mas aqui o “nunca vem só” é propositado)

American Shemale Cum First Time After Hard Penetrations (esta “senhora” é uma temerária! Já não lhe chegava as dúvidas do género a que pertence como ainda se mete - ou deixa meter, neste caso – em coisas duras. Já lá em cima ela se tinha visto aos avessos)

Three Adorable Super Sexy Hot Babes Explore Each Others Pleasure (três, foi a conta que Deus fez; o resto foram elas que fizeram)

Unexperienced Babe Gets Analized By Skillful Intruder (Skillful intruder?!?! Mas isso é nome de analista? É que mesmo que se trate de análises ao sangue é um nome estranho para laboratório. A não ser que Analized queira dizer…não, a Babe é inexperiente)

Bizarre Housewife Shows Her Ass And Extreme Messy Anal Squirting (o bizarro nisto tudo é a senhora ser casada)

E pronto, espero que assim as permanentes dúvidas e sugestões deste leitor tenham sido atendidas e satisfeitas (mesmo), e que ele possa repousar em paz na sua, até aqui, incessante atenção com que diariamente me tem vindo a brindar com a sua eloquência escrivã.

Aproveito para desejar a todos os que me lêem ainda hoje uma Boa Páscoa, e aos que me lerem depois um bom rescaldo de mini-férias (as vossas).
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Até ao meu regresso.


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ALLgarviadas

Muita saliva tem lubrificado a metafórica língua da lusa comunicação social - e arredores - à conta dessa ideia peregrina que foi promover o (nosso) Algarve com a marca (deles) “ Allgarve”. Parece que a marca marca. Segundo os distintos autarcas lá da terra, parece que é uma ofensa à identidade de uma região tipicamente portuguesa. Parece…

É que não nos podemos esquecer que até aqui, os que agora arrancam cada cabelinho das próprias cabeças (muitas delas já por si alegremente calvas) sempre se têm batido pela manutenção da portugalidade do turismo algarvio. Lembro-me, assim para começar, dos menus da generalidade das casas de repasto que nos servem, como entradas para a vista, escritos em Inglês, ficando muitos deles com o estômago das páginas a dar horas no que à tradução de beef para português diz respeito. Depois, estamos a falar de gente que na sua maioria apregoa um turismo de oferta do que é tipicamente português: o golf; os resorts; os condomínios à prova da realidade envolvente; as noites animadas por vedetas estrangeiras (eu escrevi “estrangeiras”??? é má língua, escrita neste caso), o Paulo China, e por aí fora. Ora, perante esta intemporal cruzada pela manutenção do Algarve português de Portugal, é da mais coerente coerência demonstrar a filiação de boa gente, e sentirem-se pela adição de um “L” ao nome daquela terra. É que por este caminho, um dia destes ainda se começava a criar o ideia que o turismo Algarvio está destinado aos ingleses e a outros que tais que não só nós, os portugueses.

Sinceramente, Eu não vejo onde raio reside a ofensa que tanto se apregoa. Quem é o que é, sabe que o é, e gosta de o ser, não se atrapalha com trapalhadas destas (mas isto digo Eu que nem sequer me chamo Eu), e por mim, esta moda dos Ls intrometidos no turismo, por forma a britanizar as nossas ofertas, alastrava a todo o país. E quem acrescenta Ls acrescenta outras coisas. Querem ver? Vamos lá:

ALLentejo (razões óbvias de vizinhança)


PortugALL (porque não? Se o ALLgarve pode, porque não o país que tem o ALLgarve?)

PortYOUgal (bem engenhosa esta, não?)

PortYOUALL (já agora; os camones iam delirar!)

Beira ALLta (que se podia decompor em BE IRA ALLta, para o cliente da Irlanda do Norte)

ALL TO Douro e ALL TO Alentejo (estas são lindas, atentem que até servem de slogan, ou de pregão, melhor escrevendo)

E pronto, assim dou o meu contributo para esta nobre tarefa que é promover o que é nosso, mas de maneira a que os outros entendam (ou talvez não) que o que é nosso tem mais valor se for deles também.
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Nota: para os que ainda aqui chegam de vez em quando, é verdade, voltei um bocadinho. Já estava com saudades deste blogger dos velhinhos, desta negridão e também de Eu, pois claro (no escuro). Pode ser que em breve as áureas palavras da minha escura imaginação no seu lado mais aparvalhado aqui voltem mais regularmente. Por agora deu para ferir aquelas saudades que se misturam com tantas outras coisas que não são brancas nem pretas, são cinzentas.


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